quinta-feira, 16 de julho de 2009

Internet X Jornalismo


Em um bate-papo sobre redes sociais, me surpreendi pensando na velocidade em que a internet e suas ferramentas modificam o cenário mundial. De repente, surgiram vários questionamentos sobre o novo posicionamento do jornalismo diante dessas transformações.

Não é novidade que existe uma polêmica sobre o futuro do jornalismo na era digital e não poderia ser diferente, pois toda mudança provoca uma inquietação. Atualmente é difícil imaginar o mundo sem internet, mas isso não significa uma substituição à mídia impressa.

Como numa família, a internet e o jornalismo são filhos da comunicação e têm características únicas que não competem entre si, mas se adéquam as necessidades dos leitores.

Claro que se eu fosse jornalista, a princípio, ficaria indignada com a falta de credibilidade de algumas informações que ganham espaço e velocidade nessa era digital. Em contraponto, pensaria em ampliar a busca por novidades e utilizar as ferramentas on-line para estreitar o relacionamento com fontes e, obviamente, manter o relacionamento face to face.

A sensação de liberdade proporcionada pela internet chega a ser assustadora pelo número de pessoas que se pode atingir e pela possível falta de análise das informações ao transmitir um link com a notícia para a lista de e-mails. Por outro lado, a velocidade e a quantidade de conteúdos divulgados podem dispersar um fato que seria relevante.

Chego à conclusão de que a internet não terá a tradição e a confiabilidade do jornalismo, mas não pode ser ignorada, uma vez que provocou grandes impactos na sociedade. Logo, o jornalismo e a internet podem exercer sua função se trabalharem em conjunto e estrategicamente.

Do ponto de vista de interlocutor, existe o livre arbítrio para escolher confiar ou não na mídia, seja internet ou jornalismo.

Miriã Melo é executiva de atendimento jr. da LVBA, formada em publicidade e cursando pós-graduação em comunicação corporativa. Curiosa e inquieta por natureza, tem espírito questionador e é apaixonada pelas áreas da comunicação.

2 comentários:

  1. Acho que todo esse processo só tem a acrescentar para a qualidade do jornalismo. É fato que se tem contato com informações desqualificadas, mas em contra partida, temos leitores cada vez mais informados, engajados e curiosos, que não se satisfazem com dados infundados e opiniões inflexíveis. Quanto às mídias impressas, também concordo que não perderão credibilidade – pelo menos enquanto não se estagnarem e ficarem alienados às tendências. E sabem disso: preservam seus exemplares impressos, pois ainda têm público para isso, mas progressivamente vão se inserindo no mundo digital. Isso é jornalismo inteligente: estar atento a todas necessidades e expectativas de todas as variações de públicos.

    ResponderExcluir
  2. Oi Miriã,
    É vc na foto? Gostei do tema, bem em voga. Aliás, eu sou um jornalista sem diploma, formado em Ciências Sociais e que hoje tem uma agência que presta serviços de consultoria em marketing. Mas eu continuo fazendo reportagem para revistas especializadas e acho que a internet não atrapalha em nada. Boato sempre existiu, com ou sem tecnologia, assim como matéria mal apurada de jornalista preguiçoso... o bom trabalho sempre prevalece.
    Abçs,
    Alexandre Negrini Turina
    ale@pisco-sp.com.br

    ResponderExcluir