quinta-feira, 24 de junho de 2010

O glamour fashion da imprensa de moda

Sim, sou viciada em moda! Moda feminina, street stylist, acessórios, make ups, sapatos, cores, novidades, tradicionalismo, excentricidades. A Barbie era minha boneca preferida, elegante e com um montão de roupinhas que eu trocava 432 vezes por dia. Olho para algumas peças de roupa e penso em três combinações ou numa customização mais apropriada.

A medida que meu interesse foi crescendo e fui conhecendo mais sobre o assunto, fui também criando o faro, ficando crítica e até opinando no look alheio. Eu poderia andar pela rua o dia inteiro com uma câmera em mãos fazendo aqueles “Certo e Errado” que muitas revistas trazem. O Mundo Fashion me fascina principalmente pela arte, ideias, eventos, forma de comunicar, negócios, interação mundial e delicadeza. Não é tão fútil como parece!

Nas últimas semanas, tivemos a maratona de moda com as coleções primavera-verão, apresentadas durante o Fashion Rio (RJ) e São Paulo Fashion Week (SP) - Sim! As coleções adiantam uma estação - e tive o prazer de trabalhar na cobertura de uma ação de Polenguinho, durante o desfile de Simone Nunes aqui em São Paulo. Já havia visitado outras edições do evento, mas nessa percebi o quanto a imprensa tem se destacado nesse mercado.

Os lounges agora são maiores e pertencem às maiores revistas e canais de moda e social como RG VOGUE, Caras, IG/Glamurama e GNT. Dentro deles há ações promocionais de muitas, muitas marcas e a circulação de famosos é grande. Funcionam mais ou menos como camarotes durante o carnaval. Com esse espaço restrito para os veículos, os jornalistas se reúnem e trabalham na “Fantástica Sala de Imprensa”, apelidinho que inventei.

Uma estrutura completa, com bancadas confortáveis para instalar os milhares de computadores portáteis, comidinhas, boas instalações para muitos fios e cabos de câmeras, boa iluminação e muita correria. As notícias são em tempo integral e imediato, portais mostram os melhores ângulos dos desfiles com resenhas que ajudam até os mais leigos a entender que o azul e os tons pastéis estarão nas vitrines. A dinâmica e velocidade proporcionada pela evolução das mídias torna o mundo da moda muito mais interativo e acessível.

E o glamuroso São Paulo Fashion Week não é mais tão intocável como há dois ou três anos atrás. Porém o cuidado artesanal de todas as coleções ainda vai fazer brilhar os olhos de quem assiste um desfile na disputada fila A ficando o glamour reservado aos trabalhadores adoráveis da “Fantástica Sala de Imprensa” misturando jornalistas, críticos de moda, blogueiros e assessores de imprensa. E essas pessoas precisam saber história da moda, entender as inspirações e identificar referências. Deixando nítido de que, ali sim, é necessário gostar para fazer!

Luciana Rodrigues é Relações Públicas, mas gosta de desenhar vestidos e cultuar Carrie Bradshaw, fashionista e escritora!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Multiuso

Minha história como LVBAna começou em um cantinho muito específico aqui do número 806, da Rua Alvarenga: No anexo, que fica logo após o jardim da agência e que abriga o Estúdio de Design e o departamento de Eventos, dei os meus primeiros passos fora da faculdade. Como estagiária do departamento de Eventos, além de aprender a valorizar cada detalhe (uma lição que só se aprende com a experiência diária) entendi que, diferente do que algumas (ou muitas) pessoas imaginam, um organizador de eventos é mais que um contador de coxinhas. Ouso dizer até que a pessoa responsável por esse tipo de tarefa executa algumas das ações mais estratégicas para a promoção de uma ideia, um conceito ou uma marca.

Graças a este início no nosso“puxadinho”, pude ver um pouquinho mais de perto o trabalho (quase no limite) dos profissionais que lidam com criação e design em uma agência de comunicação. Com eles pude entender o que era necessário para passar um briefing decente, além do significado de siglas como JPG, EPS e AI.

Depois de quase um ano trabalhando com eventos, percebi que estava na hora de ir rumo ao um novo desafio. Então, resolvi pedir uma oportunidade no Atendimento da agência. A ideia foi super bem recebida, mas o único pedido da diretoria era que eu ficasse um tempo no departamento de Redação. Dois meses com as experimentadas profissionais da Redação da LVBA me fizeram perceber que eu também tinha um pouco de jornalista em mim. Além disso, aprendi que os boletins internos ensinam muito mais que um briefing de apresentação da empresa.

Esse tour pelos departamentos que compõem a agência, me fizeram entender os processos internos, assim como me fizeram entender como tudo é mais complexo do que parece. Geralmente, as pessoas acham que um evento pode ser organizado em um dia, que escrever um texto é rápido e fazer um layout é como se fritar um pastel.

Segui para o Atendimento com uma veia jornalística, misturada com de Produtora de Eventos e uma pitada de Designer Gráfico. Cheguei para auxiliar no atendimento de alguns clientes, entre eles a Mars Brasil. Acho que, em relação a este cliente, especificamente, pude contribuir bastante exatamente pela experiência que trouxe na bagagem. Depois de seis meses de muito trabalho, recebi o convite para atender o grupo de maneira exclusiva, cuidando das demandas de Comunicação Interna e Institucional.

Ufa! Em julho completo dois anos na LVBA e só tenho a agradecer pela oportunidade de entender a importância de cada função e departamento. Quem disse que a LVBA não tem processo de Trainee?

Alline Roble é Relações Públicas, mas percebeu que, para trabalhar em Comunicação, é preciso saber um pouquinho de tudo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Além de futebol na Copa do Mundo da África do Sul

As críticas à nova bola da Copa do Mundo da África do Sul têm dominado os debates do mundo da bola a poucos dias do início do evento. Fora isso, ainda há uma polêmica ou outra sobre a escalação das seleções e a respeito da ausência de alguns atletas no mundial. Casos do brasileiro Ronaldinho Gaúcho, do francês Benzema, do alemão Ballack e do argentino Cambiasso.

Mas neste artigo não vamos tratar dos mesmos temas levantados por todos aqueles envolvidos ou interessados em futebol. Nossa proposta é trazer as técnicas de comunicação para avaliar algo que tem passado despercebido neste contexto: a forte presença da FIFA nesta Copa e a valorização da cultura e da política sul-africana.

Recorremos a Charles Pierce, a principal referência da Semiótica, para analisar o logotipo da Copa do Mundo. A presença institucional da FIFA está representada pela forte cor azul e da estrutura da fonte – mesmo tamanho de South Africa 2010. Ou seja, tão importante quanto. Em nenhuma outra Copa, a interferência da autoridade do futebol foi tão marcante. Funciona como um selo de garantia, diante de todas as desconfianças do mundo sobre a capacidade da África do Sul de realizar uma competição deste nível. É a base da sustentação do evento.

O logotipo está baseado nas seis cores da bandeira sul-africana: preta, amarela, verde, branca, vermelha e azul. O vermelho simboliza o sangue; a cor azul representa o céu; o verde a terra coberta por rica vegetação e o amarelo o ouro.

As cores também podem ser relacionadas à união dos povos que fizeram parte da história da África do Sul. As cores preta, verde e amarela faziam parte da bandeira do Congresso Nacional Africano (partido que representava a maioria negra na época do Apartheid). Já o vermelho, o azul e o branco estão nas bandeiras do Reino Unido e Holanda, países que colonizaram a região no passado.

O homem negro ensaiando uma bicicleta, uma das jogadas mais bonitas deste esporte, simboliza o belo e a maior parte da população africana. Representa também a alegria e a fantasia. Na forma rupestre e tribal, reforça a tradição cultural da região.

O continente também aparece ao fundo da imagem, de onde surgem setas que apontam para o sul, o local do evento. A falta de moldura no logotipo significa um novo momento da região e, em especial, a África do Sul. A Copa do Mundo da FIFA de 2010 passa a ideia de que o evento é do continente e não apenas de um país.

As formas circulares que aparecem no desenho simbolizam a circularidade, dão dinamicidade e contemporaneidade. E a bola, elemento fundamental para a realização do jogo e alvo de tantas críticas, é o símbolo que remete à tradição. E neste mundial, nem tão tradicional assim.

Antes de qualquer coisa, Rodrigo Padron adora futebol, é corintiano e torcerá para Brasil e Espanha na Copa da África do Sul. Mas também é jornalista com pós-graduações em marketing e comunicação corporativa. Atualmente, pesquisa comunicação digital na ECA-USP. É editor do blog Ponto de Desequilíbrio

quarta-feira, 2 de junho de 2010

See you soon, honeys

Mais de 800 dias (úteis). Dá pra fazer bastante coisa nesse tempo, concordam? Dá pra aprender, crescer, quebrar a cara. Dá para conhecer colegas e fazer amigos de verdade. Dá pra se divertir e se aborrecer. Dá pra passar por momentos alegres, estressantes, recompensadores e desanimadores. Dá pra planejar um montão de coisas, para cumprir boa parte delas e para desencanar de outras. Dá pra querer voltar. Dá pra voltar, literalmente. Dá pra querer ir embora e se irritar. E depois tudo passar. Dá pra recomeçar. Pra evoluir, surpreender e ser surpreendida. Em tantos dias, muitas pessoas chegam e outras tantas se vão. Dá tempo até de se apaixonar por aquilo que não se compreende. Ao todo, três anos na LVBA. Pode parecer pouco, mas foi tempo suficiente para que este lugar e as pessoas daqui acompanhassem um período da minha vida cheio de conquistas e mudanças.

Nesta agência, me formei na faculdade, viajei pra Alemanha, terminei um namoro, fui morar sozinha, engordei 6 kg, fui, voltei, conheci a Argentina (e os argentinos), fiz amigos, criei um blog, mudei o cabelo, coloquei e tirei aparelho nos dentes, meu priminho nasceu, não comprei meu carro, e até hoje meu pai ainda fala LBVA. Muitas coisas mudam em uma velocidade inquestionável, outras precisa(ria)m de um pouco mais de tempo para isso.

Acho que o que resume meu sentimento pela LVBA hoje é gratidão. Sem saber, a maioria aqui, cada um de um jeitinho diferente, me acrescentou coisas boas na vida. É verdade. Tenho certeza que sentirei saudades doídas das conversas e risadas na pracinha, que é mais dos não-fumantes do que dos fumantes, dos almoços de mesa cheia, dos momentos 'feira' no salão, das festas de fim de ano e até dos dias em que nos 'empoleiramos' na janela para ver quais carros foram atingidos pela enchente da rua Alvarenga. E fato: toda última sexta-feira do mês lembrarei da festinha e desejarei estar aqui – e ter assinado o cartão! :P

Mas falando assim parece que a LVBA é um grande playground, né? E seria injusto. Injusto porque aqui iniciei minha carreira efetivamente – depois de formada – e me deparei com profissionais realmente admiráveis. Que trabalham com o coração e com a alma. Que não economizam esforços e caprichos. Que encaram o sucesso como uma consequência e não como sorte. E batalham duro para alcançá-lo.

Vou guardar pra sempre um pouquinho de tudo isso que vocês me deram durante todos esses dias aqui pra ter comigo lembranças de que, sim, é possível trabalhar com gente e querer tê-las por perto aos fins de semana também. #ficaadica

Mayra Martins foi LVBAna filha de todas as Unidades-Mães de Atendimento. Entrou como estagiária da UNVA, passou para a UNAF e depois, pela UNCD. Mas ainda não está satisfeita e vai degustar a LVBA de outra maneira: como cliente.