Na semana passada, depois de muito pesquisar, comprei um celular novo. O problema é que havia passado quase dois anos com o meu aparelho antigo e, mesmo na época da compra, ele era um celular simples. Assim, eu, uma pessoa que nunca fui muito ligada em tecnologia, tive que aprender a mexer nas novas funcionalidades e ainda usar o touchscreen.
Acho que a dificuldade de se adaptar às novas tecnologias está muito ligada à essência da relação entre o homem e as máquinas que, diferentemente das relações interpessoais, em que é necessário ceder e se adaptar, espera-se que as máquinas cumpram a sua obrigação, ou seja, obedeçam aos comandos do homem. Porém, para que isso aconteça, é preciso saber dar os comandos corretamente.
Naquela noite, comecei a mexer no celular assim que abri a caixa, sem nenhuma supervisão ou ajuda. Nem o manual eu tirei da caixa. O primeiro sentimento foi de medo. Será que eu vou estragar o aparelho novinho? Alguns toques depois fui tomada pela raiva. Essa porcaria não funciona!!! Eu estou mandando e ela não obedece!! É lógico que eu não estava “mandando” direito, caso contrário, o celular “obedeceria”. No ápice da raiva, quase tive um chilique. Por que inventei de comprar esse modelo? Estava bem com o outro. Não preciso de nada disso!
Depois dos ânimos um pouco mais controlados, fui tentando de outras maneiras e o celular foi correspondendo. Aí, passei para um estado de espírito parecido com o de uma criança curiosa que está descobrindo o mundo. E logo tinha descoberto várias funcionalidades e entendido que eu podia sobreviver com um aparelho que tem poucas teclas.
Essa história me fez lembrar outra experiência que tive com a tecnologia. Quando comecei a utilizar o Microsoft Office 2007 tive os mesmos sentimentos que quando troquei de celular: medo, raiva e curiosidade. Tenho que confessar que depois da curiosidade tive um pouco de desânimo. Afinal, era muita coisa diferente, eu não achava nem a opção “arquivo” na barra de ferramentas! Mas, por vontade de alcançar determinado resultado ou necessidade, eu fui me adaptando. É verdade que eu ainda não sou uma expert, mas, depois de alguns meses, já sabia o primordial e tinha segurança para trabalhar com as funções mais complexas.
Eu nunca tinha valorizado tanto essa mudança de versão do Office, mas, há poucos meses, tive que finalizar um relatório que envolvia tabela dinâmica do Excel e gráficos do PowerPoint num Office 2003. Meu Deus, o que é isso?? Como as pessoas conseguiam trabalhar desse jeito?Não é possível!
Até hoje não sei se seria possível fazer todas as coisas que eu queria por meio daquela versão. Achei mais fácil identificar as limitações dela (ou minhas por não saber dar os comandos) e conseguir um computador com a versão 2007, mesmo que por um tempo limitado. Assim, só fiz na versão antiga a parte mais simples e operacional do trabalho. Foi aí que eu entendi a quantidade de funcionalidades novas que a versão atual tinha, o quão melhor elas eram do que as passadas e que os softwares só são atualizados para nos oferecer mais praticidade!
A verdade é que, apesar de a tecnologia ser vista por muitos como um mal necessário, ela traz um bem “danado” para nossa vida. Não consigo imaginar como eu lidaria com a saudade de pessoas queridas que estejam distantes sem a Internet, com a minha vida financeira sem o caixa eletrônico ou com a minha alimentação sem o microondas.
Assim, todas as novas tecnologias trazem facilidades e novas possibilidades para o nosso cotidiano e acabam, mais cedo ou mais tarde, nós querendo ou não, se tornando muito importantes, e até, necessárias para a nossa vida a ponto de nós não lembrarmos como era possível viver sem elas.
Kátia Pula é relações-públicas e apesar de adorar novas tecnologias, tem pena de investir nas grandes novidades do mercado, pois sabe que em pouquíssimo tempo, já estarão obsoletas. Mas admite que uma troca de celular transforma o sentimento de frustração em entusiasmo.
Acho que a dificuldade de se adaptar às novas tecnologias está muito ligada à essência da relação entre o homem e as máquinas que, diferentemente das relações interpessoais, em que é necessário ceder e se adaptar, espera-se que as máquinas cumpram a sua obrigação, ou seja, obedeçam aos comandos do homem. Porém, para que isso aconteça, é preciso saber dar os comandos corretamente.
Naquela noite, comecei a mexer no celular assim que abri a caixa, sem nenhuma supervisão ou ajuda. Nem o manual eu tirei da caixa. O primeiro sentimento foi de medo. Será que eu vou estragar o aparelho novinho? Alguns toques depois fui tomada pela raiva. Essa porcaria não funciona!!! Eu estou mandando e ela não obedece!! É lógico que eu não estava “mandando” direito, caso contrário, o celular “obedeceria”. No ápice da raiva, quase tive um chilique. Por que inventei de comprar esse modelo? Estava bem com o outro. Não preciso de nada disso!
Depois dos ânimos um pouco mais controlados, fui tentando de outras maneiras e o celular foi correspondendo. Aí, passei para um estado de espírito parecido com o de uma criança curiosa que está descobrindo o mundo. E logo tinha descoberto várias funcionalidades e entendido que eu podia sobreviver com um aparelho que tem poucas teclas.
Essa história me fez lembrar outra experiência que tive com a tecnologia. Quando comecei a utilizar o Microsoft Office 2007 tive os mesmos sentimentos que quando troquei de celular: medo, raiva e curiosidade. Tenho que confessar que depois da curiosidade tive um pouco de desânimo. Afinal, era muita coisa diferente, eu não achava nem a opção “arquivo” na barra de ferramentas! Mas, por vontade de alcançar determinado resultado ou necessidade, eu fui me adaptando. É verdade que eu ainda não sou uma expert, mas, depois de alguns meses, já sabia o primordial e tinha segurança para trabalhar com as funções mais complexas.
Eu nunca tinha valorizado tanto essa mudança de versão do Office, mas, há poucos meses, tive que finalizar um relatório que envolvia tabela dinâmica do Excel e gráficos do PowerPoint num Office 2003. Meu Deus, o que é isso?? Como as pessoas conseguiam trabalhar desse jeito?Não é possível!
Até hoje não sei se seria possível fazer todas as coisas que eu queria por meio daquela versão. Achei mais fácil identificar as limitações dela (ou minhas por não saber dar os comandos) e conseguir um computador com a versão 2007, mesmo que por um tempo limitado. Assim, só fiz na versão antiga a parte mais simples e operacional do trabalho. Foi aí que eu entendi a quantidade de funcionalidades novas que a versão atual tinha, o quão melhor elas eram do que as passadas e que os softwares só são atualizados para nos oferecer mais praticidade!
A verdade é que, apesar de a tecnologia ser vista por muitos como um mal necessário, ela traz um bem “danado” para nossa vida. Não consigo imaginar como eu lidaria com a saudade de pessoas queridas que estejam distantes sem a Internet, com a minha vida financeira sem o caixa eletrônico ou com a minha alimentação sem o microondas.
Assim, todas as novas tecnologias trazem facilidades e novas possibilidades para o nosso cotidiano e acabam, mais cedo ou mais tarde, nós querendo ou não, se tornando muito importantes, e até, necessárias para a nossa vida a ponto de nós não lembrarmos como era possível viver sem elas.
Kátia Pula é relações-públicas e apesar de adorar novas tecnologias, tem pena de investir nas grandes novidades do mercado, pois sabe que em pouquíssimo tempo, já estarão obsoletas. Mas admite que uma troca de celular transforma o sentimento de frustração em entusiasmo.
Katilda, eu também sou meio assim, sabia? E geralmente quando opto por alguma coisa muito moderna, com o passar do tempo vejo que não precisava de tanto... que ficam muitas funcionalidades sem uso por falta de necessidade, conhecimento ou até mesmo excesso de preguiça. :)
ResponderExcluircurta bem seu momento de entusiasmo com seu novo celular pq já já esse sentimento se transforma... e vc sabe bem em qual. hahaha
beijos