quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Reciclagem só com todos

Quando avaliamos nosso passado fica clara a evolução em questão de cidadania. Mesmo que muitos ainda ignorem a discussão de até onde vai o papel de cada um na preservação do meio ambiente e, consequentemente, da própria raça humana, essas reflexões existem. E tem muita gente preocupada em apoiá-las e em fazer parte de iniciativas mais sustentáveis para todos.

O grande gargalo é, sem dúvida, o de mudança de comportamento. Até onde vai a minha responsabilidade em reciclar ou não o lixo residencial? E se não tenho infraestrutura para reciclar, sinto-me isento de obrigações? No meu trabalho não reciclam, então não penso sobre isso? As perguntas são para reflexões mesmo. Ninguém resolverá sozinho uma questão global. Países desenvolvidos e em desenvolvimento seguem sendo os vilões da emissão de carbono.

Se não estamos numa situação de completa desinformação e/ou à margem da sociedade, não é possível deletar a responsabilidade de reduzir a geração de lixo, reutilizar tudo que for possível e ainda contribuir para a reciclagem de produtos.  São gestos pequenos mesmo que vão fazendo de todo esse processo uma realidade. É bem a história do beija-flor, que levava gotas de água para apagar um incêndio na floresta e outros animais só entenderam depois que juntos podiam conseguir evitar a tragédia.

Fábulas à parte, temos que pensar o que nos cabe, seja em casa, no trabalho ou na rua. Na LVBA Comunicação, pensamos na formulação de um programa de reciclagem mais estruturado e que passou a funcionar nesta quinta, dia 19 de agosto. Demos mais um passo no dever de sermos mais responsáveis. E muito ainda pode ser feito, avaliado e estimulado de forma pública, para que mais e mais pessoas também despertem para o papel que podem cumprir dentro da preservação do meio, que hoje é nosso, mas será dos nossos filhos e netos em breve.

Não podemos ignorar o erro de se jogar mais uma bituca na rua, de não recolher o papel que deixou cair e a sujeira que o seu cachorro tão fofinho fez na rua. Só para exemplificar: a humanidade levou menos de nove meses para esgotar seu orçamento ecológico deste ano, segundo dados da Global Footprint Network, uma organização de pesquisa ambiental com sede na Califórnia.

A natureza pode se vingar.


Ada Mendes é jornalista, especializada em Economia e com mestrado em Comunicação Empresarial. O novo desafio será ser mãe de gêmeos, previstos para verem a luz do mundo (um mundo melhor de preferência) em dezembro.

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