Existirá vida (digital) após a morte?

O que acontecerá com a sua vida online depois que você se desconectar do mundo real? Passar desta para uma melhor exige providências para que seus perfis virtuais não se percam no limbo. Parece um pouco absurdo e exagerado se preocupar com isso, mas algumas pessoas realmente levam o tema a sério.

Numa pesquisa rápida, percebi que algumas pessoas têm a mesma dúvida em comum: o que será do nosso perfil na rede após a morte? Encontrei serviços bastante interessantes (e criativos) que atendem às necessidades de quem não quer deixar as redes sociais abandonadas. O site gringo My Webwill, por exemplo, promete gerenciar suas redes sociais após a morte pela barganha de 200 dólares ao ano. Aqui no Brasil, o pessoal criou o serviço eMortem que avisa sobre a sua morte aos seus amigos, o que você espera do seu funeral e até se você tem o desejo de doar seus órgãos. Eles se consideram um serviço, seguro, inovador e de utilidade pública.

Além das ferramentas super úteis acima, você também pode usar a criatividade e dar o seu próprio jeito. Conheço uma pessoa que garante ter uma planilha com todas as instruções necessárias para que seus familiares se livrem de suas contas após sua morte. Dá para acreditar?

Parece ser engraçado, mas o tema é realmente relevante. Principalmente em tempos onde toda a sua vida está exposta nas páginas da internet. Se já não temos o controle de quem acessa às nossas informações enquanto estamos vivos, imaginem então depois que estamos mortos. De qualquer maneira, não se desespere: talvez não seja preciso chegar a tanto montando planilhas ou se cadastrando nesses serviços de outro mundo. As principais redes sociais têm as instruções exatas de como agir nesses casos – claro, você mesmo não conseguirá fazer nada, mas seus parentes podem agir por você:

Facebook – A rede social do Mark Zuckerberg transforma o perfil dos usuários falecidos em um memorial, para que os amigos e familiares possam deixar mensagens em sua homenagem. Muito emocionante, eu acho.

Twitter – No microblog, não é possível nenhuma interação póstuma. Ao avisar o Help Center que um usuário faleu, a equipe verifica a informação, exclui a conta e entrega para a família um backup de todos os tweets públicos (o que exclui as DMs comprometedoras).

LinkedIn – “Como parte da vida, um membro da sua network pode ir embora...” É assim que a rede social mais corporativa da internet inicia o seu discurso de como agir nessas situações. Você só precisa baixar um documento, preencher informações sobre o usuário falecido e ASSINÁ-LO antes de enviar.

Orkut – Simples e prático (a cara do Google), a rede mais popular do Brasil só quer saber o nome da pessoa que morreu. Você preenche um formulário com 5 perguntas (3 sobre você) e anexa o atestado de óbito. Depois de 3 dias, a conta será removida e tudo será como se a pessoa nunca tivesse existido.

Nada do além, não é mesmo? Agora que você já sabe #comoagir, compartilhe a informação com seus amigos e familiares e descanse em paz.

Rubia Pria é Relações Públicas apaixonada por mídias sociais e qualquer tipo de interação no universo online. Nas horas vagas, ela é apaixonada por tudo que é vermelho, latino e “bailante”.