quinta-feira, 6 de maio de 2010

Muito bom estar de volta

Parece que a minha vida profissional, nos últimos anos, foi feita de ciclos, que duram de três a quatro anos. Era desta forma que eu pensava. Vamos explicar: foi assim nas últimas duas agências que passei. Em uma fiquei três anos e aí surgiu a oportunidade de ir trabalhar em uma das maiores, melhores e pioneira no setor de Relações Públicas. Pensei: “bom, já estou aqui há três anos, é uma agência menor, é hora de conhecer uma das gigantes e mais respeitadas do mercado: a LVBA. Por que não?” Senti muito frio na barriga em encarar essa mudança, tive noites que mal conseguia dormir. “Será que eu seria capaz?”, pensava. Saía de atendimentos da área industrial e de entidades de classe para um setor que, até então, era totalmente desconhecido por mim: TV por assinatura. O máximo que eu sabia era ligar e desligar o controle remoto, como uma boa meia portuga que sou.

O desafio foi lançado. Fui fazer os testes, passei e lá fui eu atender uma empresa do setor de TV por assinatura e tudo mais que envolvia este segmento. Eu nem imaginava o que poderia acontecer, mas os quatro anos em que fiquei no atendimento foram de muitas emoções. O mercado de TV por assinatura estava em uma tremenda ebulição: compra e venda de empresas e companhias de telecomunicações entrando no segmento. Além disso, meu dia a dia passou a incorporar muitas letrinhas novas: MMDS, WiMAx, VoIP, HD, Full HD, entre outras. Enfim, o que não faltou foram assunto e adrenalina para trabalhar a divulgação do cliente na mídia. E quanto mais eu estudava, mais me envolvia nesse segmento.

E lá se foram quatro anos na LVBA. Até que recebi uma proposta de uma grande e importante agência de Comunicação empresarial para atender um cliente internacional e, finalmente, usar o idioma inglês, que tanto amo falar. Pensei: “putz, lá vem o ciclo de quatro anos, um ciclo se fechando e outro para começar”. Frio na barriga, noites sem dormir e, de novo, o que faço? Vou encarar mais essa? Esse número quatro me persegue!”. E olha que não sou supersticiosa. Até aprecio um pouco a numerologia e leio horóscopo de vez em quando, mas nada que me tome mais do que cinco minutos no dia. Aliás, verdade seja dita, a vida andou bem melhor depois que deixei de ler horóscopo e fazer mapas astrais.

Saí e passei um ano e três meses fora da LVBA. Nesse período resolvi conhecer novos horizontes, novos temas, novas agências. Outras propostas surgiram e eu segui o caminho, mas graças ao Universo este ciclo foi apenas de um ano e três meses. Durante esse período passei por momentos em que pensava, mas não queria acreditar, que o mundo é cruel. Mas foram grandes experiências pessoais e profissionais que me fizeram, assim espero, amadurecer um pouco mais. Meus cabelos brancos que o digam e agora tenho de pintar o cabelo todo mês. Que trabalho!

Felizmente, este novo ciclo não durou quatro anos. A vida conspirou a favor e eu voltei para um ambiente onde somos respeitados como pessoa e como profissional, onde realmente existe Ética, trabalhamos com espírito de equipe, existe um ambiente saudável para se trabalhar, as pessoas dizem e respondem ao nosso “bom dia”, podemos dar boas risadas, além de ser uma referência de mercado, principalmente no quesito Ética. Pode parecer meio Poliana tudo isso, mas é assim que encaro e essa é a minha realidade.

Então, agora, espero multiplar os próximos quatro anos por mais quatro, mais quatro, mais quatro e, quem sabe, mais quatro porque aqui encontrei Ética, respeitos profissional e pessoal, educação, gente humana (é assim mesmo, com eufemismo, aqui eu me permito), gente profissional, liberdade para expressar o que penso, paz de espírito para trabalhar, tranquilidade ao ir dormir e ao acordar e saber que existe um meio ambiente onde posso desenvolver o meu trabalho. Não quero parecer exagerada, mas essas situações e a maneira como somos tratados contam muito no dia a dia. Estou convicta disto! Por isso, somente aqui, deixo que me chamem carinhosamente de portuga!

Será que o ciclo de quatro anos terminou? Não sei. Só sei que é muito bom estar de volta e, guardadas as devidas proporções, de estar em casa. E feliz!

Cristiane Pinheiro é jornalista, mas se apaixonou pelas demais ferramentas da Comunicação e pelas Relações Públicas, depois que entrou na LVBA ampliou, em muito, os horizontes profissional e pessoal, passou a ler e a implementar tudo sobre essa profissão no seu dia a dia. É amante da vida, da música, do bom relacionamento e “nada supersticiosa”. Só não gosta de passar embaixo de escadas, vai que dá azar. E vai continuar rezando para Nossa Senhora Aparecida quando tiver de organizar uma coletiva de imprensa. Melhor prevenir do que remediar e, assim, garantir um bom número de participantes no evento. Olha que tem dado certo!

3 comentários:

  1. Olá, Cristiane:
    Legal sua trajetória. Parabéns!

    Mas só uma pequena correção Relações Públicas não é uma ferramenta de comunicação, tá? Trata-se de uma das áreas de comunicação que possui ferramentas e tals...Mas, please, não a reduza a mera ferramenta

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  2. Interessantes os caminhos da vida, não é? Estamos sempre seguindo, indo em frente, refazendo o trajeto, se necessário. Isso é bárbaro. Que bom que encontrou o seu lugar!

    p.s: ah, e bem lembrada a colocação do anônimo aí em cima, RP não é ferramenta, é uma área da comunicação.

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  3. Caros, ok! informação corrigida!

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