quinta-feira, 9 de junho de 2011

Lar Doce Lar

Não, isso não é lamuria de um dia frio, nem um anúncio de banco de financiamento. É um desabafo!

Sinceramente não sei se a regra se aplica a mais alguém, mas chegou uma hora em que a necessidade de uma casa minha tornou-se algo quase sufocante. E nesse caso, é a MINHA mesmo, não da minha mãe. E para completar existe um fator determinante, meu casamento. E não me venham com criticas sobre o assunto, reservo-me ao direito de não aceitar e nem dar justificativas sobre isso, mas para não ficar tão rebelde, quero apenas explicar que o casamento e a ideia de construir família é algo muito, muito importante e bonito para mim e que me permito viver isso com quem escolhi! Para quem não sabe, eu tenho o melhor namorado e futuro marido do mundo, o Bruno!

O que acontece é que, diante de tantos sonhos e desejos, me deparei com um problema econômico que vai além da minha “pindaíba”: a alta dos imóveis no Brasil. Depois de chorar, espernear e reclamar loucamente, imaginando que essas coisas só acontecem na minha vez, resolvi pesquisar tudo que fosse possível sobre o mercado de imóveis. Posso dizer que estou muito IN no assunto e que não é difícil, já que não se fala em outra coisa. Uma pincelada nos fatos:

Durante mais de sete anos o valor dos imóveis não sofreu reajuste: segundo o especialista em imóveis, Luiz Calado, essa alta é um reflexo acumulado, porém, essa opinião não é consenso entre os economistas.

O Boom ou a Bolha(ninguém explica se podemos chamar de um ou outro): dizem que o valor é justo, uma vez que representa 5,5 vezes a renda média anual das famílias brasileiras (Oi?). Em contrapartida, em março foi registrada uma queda no valor dos imóveis.

A demanda de compradores está superaquecida: com as facilidades implantadas desde o Governo Lula, e os programas de incentivo para a compra da casa própria (Minha Casa Minha Vida), por exemplo, a procura aumentou e estimulou a pressão inflacionaria desses reajustes.

Outros especialistas ainda acreditam que o crescimento não deve ultrapassar cinco anos (nessa parte eu quase enlouqueço!): a tese é que as pessoas não conseguirão sustentar os caros financiamentos caro e começarão a vender os imóveis já adquiridos.

Então, diante de tudo isso e muito mais, cheguei a pensar em construir uma casinha de palha e viver uma cabana e um amor, mas acordei e revi tudo!

Uma boa dica é a compra direto com a Incorporadora: elas oferecem vantagens para imóveis já construídos ou em fase de construção (planta). Porém, é necessário que o comprador dê uma entrada de, no mínimo, 20% do valor do imóvel. Existem expeculações sobre o financiamento de 100% do imóvel, mas nunca descobri a forma ou alguém que tenha conseguido.

Procure o preço justo: os especialistas dizem que um preço justo alia infraestrutura e localização, mas não se iluda, existem regiões assustadoramente bem valorizadas. Pense nas suas condições com muito carinho antes de decidir.

Tome muito cuidado com os corretores de imóveis: Eu sei! Estão todos trabalhando, mas vender sonhos tem lá seus riscos. Peça indicações, não acredite nas maravilhas ditas, converse muito com o profissional e, principalmente, não seja tão bonzinho.

Consulte tudo sobre o assunto: indico a Coluna do Mauro Halfeld, na rádio CBN (indicado sabiamente pela Carla Fornazierri), o site Finanças Práticas e uma simples Googada, já que só se fala nisso.

Descontos: existe luz no fim do túnel! Para as taxas de primeiro imóvel há desconto no cartório e dá pra economizar uma graninha.

Apesar de todos os fatos apresentados, continuo tentando! Já aprendi a guardar, já passei pelo maior processo de desapego das compras que poderia – para mim, isso significa rever o guarda-roupa e as maquiagens com tanto carinho a ponto de reinventá-los o tempo todo – e isso não é fácil! –, dou o maior valor do mundo à minha costureira e tento minimizar as contas todos os meses. Todos os dias penso em cardápios diferentes para o jantar e vasculhos os mais badalados sites de decoração. Já me emocionei e segurei o choro quando o Bruno se interessou por um varal móvel para acabar com o possível problema de falta de espaço... Também fico a espera de um milagre.

No fim, quando conseguir, tomo duas garrafas de tequila guardadas para a ocasião e convido a todos para um Open House incrível!


Luciana Rodrigues é Relações Públicas e executiva de atendimento na agência casamenteira. Apaixonada pelo Bruno, amante de culinária, decoração e crianças. E está tentando se convencer de que isso tudo é um dom e não um fortíssimo lobby a favor do casamento!

Um comentário:

  1. Fez mesmo a lição de casa (própria), hein?!
    Perseveraança sempre! Boa sorte!

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