quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fazer 30 anos seria um rito de passagem?

Quem já passou dessa idade pode até achar que é apenas mais uma fase, mas para aquelas que, como eu, estão prestes a chegar aos 30, a expectativa é muito grande, parece que tudo vai mudar. Uma mistura de sentimentos, dúvidas e ansiedade afloram na cabeça das balzaquianas.

Um dos primeiros questionamentos é “Cheguei definitivamente à fase adulta?”. Depois seguem-se vários outros como “Agora a vida fica mais séria?”; “ Virei coroa ou estou na flor da idade?”; “Passo a ser chamada de tia na rua?”; “Ganharei ainda mais responsabilidades”; “Agora não posso mais errar?”, “Como será minha vida a partir de agora?” entre muitas outras.

E, como se não bastassem essas aflições, algumas pessoas próximas costumam comentar: se você não engordava quando comia muito até agora, depois dos 30 isso muda. Super assustador pensar que depois dessa idade você não terá mais controle nem do seu próprio corpo. Aí também começam as preocupações com a saúde, tem que evitar o sedentarismo, cuidar mais da pele...melhor parar por aqui.

A sensação é que os 30 anos dividem a vida de uma pessoa em antes e depois. Como se antes fosse uma espécie de pré-vida, um momento de aprendizado básico, de esforços, formação cultural e de experiências para conseguir atingir o alto de uma montanha, o ápice da vida, o auge e a plenitude. Até que, lá do alto começa a descida, mesmo que de forma lenta. Como se a sua missão fosse aproveitar o máximo possível em quantidade para que depois dos 30 comece a desfrutar, importando-se mais com a qualidade. Não que acabem as experiências e conquistas, mas elas continuam de uma forma mais madura, ainda mais intensas e significativas.

Agora é para valer, parece que não se pode mais errar como antes. As principais decisões já devem ter sido tomadas como a escolha da profissão, a personalidade, o estilo e até o marido hehe. Não tem mais volta, ou melhor, até tem, mas nada será como antes. Voltar para a casa dos pais, por exemplo, se acontecer, será motivo de fracasso, por que agora sou uma mulher independente e com 30 anos nas costas. Tudo fica mais sério e de “verdade” e é esse peso que causa medo e ansiedade.

Mas tudo isso pode ser “caraminholas” da cabeça das balzaquianas. Enfim, falta menos de uma semana para os meus 30, agora não dá mais tempo de pensar sobre o que gostaria de ter feito nesse “aquecimento” da vida e nem ganhar rugas de preocupação pelo que me espera pela frente. Quero apenas deixar registrado que minhas expectativas são as melhores. Quero estar errada com essas impressões e viver ainda mais intensamente a vida após o 30. Saborear mais, aprender mais, viajar mais e ser ainda mais feliz... Afinal, esse será o ano, coincidentemente, que irei me casar, e ai esse assunto merece outro post com diferentes crises existenciais rs. Finalizo aqui com trechos do livro "A Mulher Madura":
“Fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo...” “...é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar...”

Luciana Pace Ferraz, jornalista/assessora de imprensa balzaquiana apaixonada por tecnologia que nas horas livres faz balé e pesquisa sobre casamentos.

11 comentários:

  1. Excelente texto.

    Eu tinha 20 e me achava jovem. Hoje, tenho 30 e ainda me acho jovem. Na verdade, acho que estou melhor. Continuo jovem, saindo, curtindo, mas já não faço as loucura de antes, filtro melhor tudo.

    Ter 30 anos hoje é ter 20, só que com mais dinheiro. Ou seja, melhor impossível!

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  2. Belo texto, Lu. E esquece as dúvidas. Viva!! O melhor é curtir, porque se não for assim ferrou, né? Tô chegando aos 40.....kkkkk....
    bj

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  3. Lú... super fofo seu texto! Há pouco completei 29 e pra ajudar meu 1º sobrinho chegou! Não quero ficar neurótica... mas acho que já sinto o peso dos trintas...rs.
    Parabéns e bjs!

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  4. Gostei do texto, Lu! Seja com 20, 30 ou 40 anos, o importante nao e o quanto voce viveu, mas o quanto voce ainda pode viver. Pode ser 20, 30 ou 40 anos. Who knows? Portanto, vamos viver cada dia como se fosse o ultimo. Be happy!!! :-)

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  5. Lindo texto, Lu. Mas deixa a vida rolar...quanta coisa boa você ainda tem para viver. Sempre vale muito a pena. E olha que quem está dizendo está chegando perto dos 50! Tia já sou faz tempo. Imagina que está chegando a hora de ser vovó...rsrs...o importante é curtir cada etapa e muito.
    Seja muito feliz!

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  6. Beleza de texto e, se ajuda, repasso o conselho de Mário Quintana: "Tenho sempre a idade da pessoa com quem estou falando..."

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  7. Muita coisa do passado ainda persegue as mulheres. Mas hoje acredito de verdade que nunca foi tão real o poder que temos de ter a vida que escolhemos. Então, é só escolher, com 20, 30 etc.

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  8. E a crise dos 20 anos? Existe?
    Eu faço os mesmos questionamentos desde então... hehehe
    Belo texto, Lu. E não se preocupa porque você está fazendo 30 anos, mas com carinha de 15.
    bjs

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  9. Eduardo de Melo - Grupo Vox Editora15 de abril de 2011 às 10:45

    Excelente texto...por coincidência fiz 30 anos ontem....rsrs...abraço

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  10. Nossa muita coisa junta: comemoração dos 3.0 + casamento. Com certeza o ano de 2011 será inesquecível.

    Boa Sorte!

    Joyce

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  11. Obrigada por todos os comentários. Estou me sentindo super feliz aos 30!

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