quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Lá em Santo André: meu time e minha cidade
A questão não é política, nem geográfica, e nem por querer ser o “diferentão” da galera. O motivo é simples. Ir ao estádio ver meu Ramalhão, como é conhecido o Santo André, é ter certeza de que lá irei reencontrar os amigos, as figuras engraçadas da cidade, e mais do que isso, é ter a oportunidade de ir ao estádio de futebol longe do medo da violência e da repreensão de torcedores rivais, que raramente aparecem por lá.
Na arquibancada encontram-se os 600 torcedores de sempre, a maioria deles estão cumprindo o ritual dos homens da família andreense, passado de geração para geração. Lá é possível dar boas
risadas com o tio do amendoim, que até a eleição para vereador da cidade já disputou; comer o maravilhoso lanche da Dona Ana, e divertir-se com as músicas das torcidas organizadas e a possibilidade do grito de gol.
O time nem sempre sai de campo vencedor, mas já foi motivo de muitos gritos, de coração acelerado e falta de unha. Em ordem de desespero as oportunidades foram: a final do Campeonato Paulista em 2010, o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro em 2008 e a final da Copa do Brasil em 2004, que originou a nossa maior conquista em 44 anos de clube. Meu maior orgulho no futebol é poder dizer que eu estava lá, com 13 anos, junto com meu pai, no Maracanã lotado de Flamenguistas quem comemorava o título éramos nós.
Hoje estamos na 3ª divisão do Brasileirão e na 2ª divisão do Campeonato Paulista. Não temos perspectivas de acesso, na verdade, brigaremos para não cair. Mas o que importa? Eu e os 600 de sempre estaremos lá apoiando o protagonista do nosso espetáculo.
André Sales é apaixonado por futebol e amante da música. Nas horas vagas curte o bom e velho samba. Estudante de Publicidade e Propaganda, adora as redes sociais e tecnologia.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Parabéns, São Paulo
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Em tempos de internetês, por onde anda o português?
Começo o ano falando sobre um assunto que muito me atrai: o português nosso de cada dia. Desde que entrei na escola, a Língua Portuguesa era a matéria que mais me interessava e a que mais me garantiu boas notas durante minha vida escolar. Não à toa, optei por seguir a carreira de Jornalista.
Hoje, sou praticamente uma obstinada pela ortografia correta e procuro estar sempre atenta, para evitar o erro. Não é de se estranhar, portanto, que a chegada e o avanço do internetês me assustaram bastante. Muito usada por adolescentes, essa linguagem tem sido cada vez mais comum no universo digital, com uma enormidade de abreviações, erros de grafia e de concordância verbal. Por conta disso, temo que daqui a alguns anos, tudo que aprendemos e temos carregado durante décadas venha a desaparecer – o me preocupa muito. Mas como mudar isso?
O primeiro passo é formar bons profissionais. Papel que cabe não somente à universidade, mas ao próprio profissional, que deve fazer da leitura hábito constante. Jornais, revistas e livros são boas fontes para isso, mesmo pela internet. Ler é essencial, pois nos permite conhecer mais a nossa língua, ampliar o vocabulário e aprender a escrever e a nos comunicar melhor. É claro que algumas pequenas transgressões são permitidas, até eu, a #LoucaDaRevisão, cometo alguns deslizes às vezes.
O segundo passo é redobrar a atenção. Não podemos deixar que, na ânsia de corresponder à rapidez que a internet exige, a gente abra mão da grafia correta das palavras, cometendo muitas vezes erros grotescos. Sempre digo que, na dúvida, é melhor consultarmos o dicionário ou algum colega. Por último, devemos nos preocupar com a coerência e a clareza do que escrevemos, levando em consideração sempre o perfil do público com o qual estamos falando.
Todos esses cuidados ajudam a evitar que a gente suje nossa imagem ou a de um cliente e, além disso, contribuem para a valorização e preservação da nossa língua.
Comunicar é uma arte e fazer isso bem é o desafio que devemos nos propor diariamente.
Lilian Ambar, mais conhecida como a #LoucaDaRevisão, tem se aventurado pelo universo das mídias digitais. Lê de tudo um pouco, escreve muito e fala pelos cotovelos. É apaixonada por literatura, artes, cultura e, claro, português.
*Texto publicado no blog A Bordo da Comunicação