quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Comunic-AÇÃO

Agora não entendo bem o motivo de ter levado um chacoalhão, mas que levei, levei. Talvez porque tenha sido tão óbvio, e a gente sabe o quanto o óbvio às vezes choca. Mas deixa de nhém-nhém-nhém e vamos direto ao assunto.

A chacoalhada veio quando assisti a uma palestra de Alejandro Formanchuk, Presidente da Associação Argentina de Comunicação Interna e especialista em comunicação corporativa. Foi no Seminário Internacional “Desafio global: comunicar-se com todo mundo em qualquer lugar”, realizado no dia 3 de agosto pela Abracom, a Associação Brasileira das Agências de Comunicação, da qual Gisele Lorenzetti, diretora-executiva aqui da LVBA, é presidente.

Acho que foi por ver tantas vezes acontecer o que Alejandro relatou que pensei: “opa, deixa eu prestar atenção nesse moço”. Se você é comunicador corporativo, vai entender. Pois veja.

“Quando peço para as empresas me mostrarem seus planos de comunicação interna, imediatamente me apresentam uma planilha Excel: campanha antitabaco em agosto, intranet com atualização diária, mural perto da máquina de café renovado semanalmente, revista mensal. Sempre digo que isso não é um plano de comunicação, é um plano de meios, e nem é preciso pagar um comunicador para fazer. Se você só me permite trabalhar com meios, não posso fazer mudanças, só posso levar informação, e isso não é comunicação interna”.

A afirmação veio acompanhada de uma provocação sobre qual herança podemos deixar para as organizações às quais servimos como comunicadores. Deixaremos apenas uma intranet bem alimentada e uma revista bem diagramada? “Comunicação interna não é uma newsletter ou uma área dentro da empresa: é a essência da organização. Comunicação é a transformação da cultura organizacional; cultura é a comunicação em movimento”, cutucou o argentino.

E antes que os comunicadores ali presentes pudessem perguntar “como hacer”, veio a resposta: “O primeiro passo para a comunicação transformadora é sair da logística para a influência: a mensagem não só precisa chegar, mas ser revertida em uma ação. Para isso, o receptor tem que entender e aceitar a mensagem. E ele só irá fazer isso se acreditar no que está sendo divulgado. O mais importante para um comunicador é ter credibilidade, esse é o único capital para ter sucesso em comunicação”.

Alejandro mencionou ainda que o desafio – e quem atua na área bem sabe - é deixar claro para os líderes da empresa que eles são o verdadeiro departamento de comunicação interna. “Da forma de liderar, passando pela maneira de atrair clientes, até as ações de recursos humanos, tudo é comunicação interna”, cravou o especialista emendando: “Como posso fazer comunicação e, portanto, transformação, se a organização não mudar? Não posso obrigar as lideranças da empresa a seguirem um caminho, mas posso alertá-las sobre o impacto que uma determinada decisão poderá causar. E não venha depois pedir para reverter no mural, porque não vou conseguir”.

E como Alejandro lia meus pensamentos sobre a missão hercúlea que é convencer as lideranças corporativas, logo acrescentou: “Esqueçam o ego e exercitem a paciência”.

Recado copiado, afinal, comunic-Ação é movimento, não duvidemos de nada. Sigamos, “pero sin perder la ternura jamás”.

Patrícia Gonçalves é jornalista com 16 anos de experiência em televisão, assessoria de imprensa e comunicação corporativa. Tem asas nos pés, pergunta muito e procura tudo, mas não sabe se vai achar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Começando pelas férias

Entrei para o mundo das Relações Públicas, em 2009, quando ingressei na universidade. Sem conhecer a fundo a profissão, mas entendendo sua função de relacionamento com públicos, tinha a certeza de que estava fazendo a escolha certa. Depois de um ano e meio, já me identificava com o que estava estudando, mas minha frustração era não trabalhar na área ainda.

Participei de muitos processos seletivos até que surgiu a oportunidade de coordenar a assessoria de comunicação de uma Agência Experimental da Unesp, a Agência Propagação. O trabalho era fantástico! Coloquei meus conhecimentos em prática, estudei novas formas de comunicação e trabalhei por um pouco mais de um ano com pessoas incríveis de outros cursos da Unesp. Quando completei três meses nessa agência, entrei para a Empresa Júnior de Relações Públicas (RPjr). Comecei a trabalhar em dois mundos muito diferentes, porém com o mesmo objetivo de estimular o empreendedorismo no jovem universitário. Estive na RPjr por um ano e meio, trabalhando com meus veteranos e calouros, que me ensinaram muito.

Em outubro de 2011, assumi a Diretoria de Projetos e passei a gerenciar o Meeting 2012, um encontro entre estudantes e profissionais de relações públicas, promovido pela RPjr desde 2009. O Meeting aconteceu em abril e um dos convidados foi Flávio Schmidt. Utilizei o contato feito com ele para conhecer um pouco mais do mercado das Relações Públicas e pedi sua ajuda para a realização de um estágio de férias em uma agência de RP. Fui indicada para trabalhar por um mês com a equipe da LVBA e aqui estou!

A agência topou o programa e me recebeu nesse período, em que pude conhecer todas as suas áreas e processos e atuar um pouco em cada um. Ajudei com mídias sociais, eventos e aprendi um lado novo do relacionamento com públicos: as ações realizadas por meio de assessoria de imprensa. Consegui entender como essa estratégia é extremamente importante para a construção da imagem da empresa diante de seus diversos públicos e como a união desta ferramenta com outras de RP é capaz de transformar a comunicação e o relacionamento.

Não foi apenas o aprendizado profissional que me encantou durante esse mês, mas também a equipe unida e superatenciosa. Fui recebida de modo acolhedor por um time que compartilhou sua experiência e prática. O trabalho realizado foi de muito valor para a minha vida profissional e fiz contatos que nunca esquecerei.

Cursando o último semestre de Relações Públicas na Unesp de Bauru, minha passagem pela LVBA, sem dúvida nenhuma, mostrou quanto gosto e admiro minha futura profissão. Hoje tenho certeza que quero ser uma RP. Deixo a equipe da LVBA com um sentimento de saudade e respeito, além de estar muito satisfeita por ter vivido uma oportunidade que superou todas as minhas expectativas.

Mariana Carareto, mais uma no bando de loucos, ama sua família, adora estar com os amigos e, atualmente, é apenas uma estudante repleta de sonhos para o futuro.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Te cuida, Cartier-Bresson!


Te cuida, Cartier-Bresson!
Sou do tempo em que você fazia fotos e ficava torcendo para que tudo desse certo. Aí, mandava revelar e, quando recebia o resultado – as fotos – é que ficava sabendo a quantidade de bobagens que tinha feito: imagens mal enquadradas, cabeças cortadas, luz em excesso ou em falta. Tudo era permanente aprendizado.
Hoje, com a profusão de câmeras digitais e de celulares com câmeras fantásticas – os da Nokia, por exemplo, usam lentes Weiss – em uma semana você tem um acervo brutal de fotos. Ok, elas não ocupam espaço em casa, mas o que fazer com elas?
Eu uso sites de compartilhamento de fotos, como o flickr que permitem postar essas fotos e aprender com os seus contatos. Porque fotografia continua sendo uma atividade de contínuo aprendizado.
Discussões à parte, há cursos, livros, blogs em profusão, falando de fotografia e ensinando fotografia. O caso é que fotografia se aprende fazendo, porque o essencial não é usar equipamento de primeira, softwares fantásticos ou tratamentos de última geração, como o photoshop ou o instagram . O que importa, mesmo – pelo menos para mim – é o olho. É gostar de fotografia. É a tentativa e erro. É a história por detrás de cada foto. Os acertos diários e os erros de cada dia que fazem com que fotografia seja, cada vez mais, uma paixão. Experimente.
Flavio Valsani continua sendo um principiante em fotografia e sempre entusiasmado com o assunto.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Viajando com um smartphone

Há algumas semanas, voltei de uma viagem à Europa. E tive a vontade de escrever isso no blog da empresa que represento aqui na LVBA, a Nokia, mas decidi não misturar canais e, portanto, escrevi essas palavras no meu blog pessoal. Agora, a pedido da agência, replicado aqui no 806.

Já trabalho com telefonia celular há alguns anos - quase oito, na verdade. De lá pra cá, uma revolução aconteceu nesse mercado - e continua acontecendo. Nunca tive, porém, a experiência de realmente usar um produto fora do país, durante uma viagem. No exterior, meus celulares sempre se limitaram a, no máximo, serem usados como câmeras. E isso quando as câmeras em celulares já estavam muito boas, o que não aconteceu até pouco tempo.

Pois bem, nesta viagem resolvi utilizar bastante meu aparelho. A começar pela internet. Afinal, smartphone sem internet nos dias de hoje é mais ou menos como computador desconectado. Fica meio estranho, né? Então, aderi ao plano TIM Passport, para usar internet fora do Brasil sem preocupação.

Qual foi o produto usado por lá? Levei dois. smarts e um acessório. O Nokia N9 foi meu companheiro inseparável durante quase toda a jornada. Como backup, um Lumia 800, mas que nem precisou sair da mochila. Junto com ambos, mais um item essencial: um carregador portátil. Funciona de maneira simples: você deixa esse carregador portátil, pouco maior que um cartão de crédito, carregando durante a noite no hotel. Aí, ao longo do dia, se a bateria do seu celular acabar, é só conectar o carregador nele e voilá, ele carrega como se estivesse na tomada. O carregador não foi usado todo dia, mas vale prevenir, né? Os smartphones avançaram muito mais do que as baterias, então, ter uma carta na manga desse tipo é fundamental para você não ficar na mão - tecnologicamente falando.

O que mais levei? Uma câmera fotográfica dedicada - a câmera de 8 megapixels do meu telefone cobria a maioria dos momentos, mas na hora em que o zoom é importante, ela fez diferença. Além disso, gravar vídeos no celular também consome bastante bateria - então, a câmera também ajudava nessas horas. E, finalmente, um fone de ouvido, daqueles que entram na orelha (legado do querido N900).

Antes de embarcar, também pensei em outros pontos: carregar meu telefone com aplicativos que seriam úteis. Bem, sabemos que o forte do N9 não é sua oferta de apps, vasta como a do iPhone ou Android, mas ele deu pro gasto. Primeiro, e principalmente, pelo Nokia Mapas. E falarei dele daqui a pouco. Também baixei um app para fotos panorâmicas e um guia de viagens. No Lumia 800, levei o Trip Advisor instalado, que acabou não sendo necessário.

Bem, o meu smartphone foi bastante útil de diversas formas, então vou elencá-las de acordo com a prioridade. Vale lembrar que, sendo este um post pessoal, minhas opiniões são absolutamente isentas de favorecimento à Nokia, ok? Desta forma, o que falo a seguir é o que realmente acredito, e não "papo de vendedor".

Mapas - sem dúvida, o uso do GPS foi incrivelmente agradável e gostosamente surpreendente. A solução de mapas da Nokia é altamente eficaz - afinal, a empresa é dona da NAVTEQ, empresa de base de dados de mapas. Ou seja, a solução está dentro de casa.

Dirigindo em São Paulo, o principal uso do GPS acontece na orientação por voz, em português e com nomes de ruas. Ajuda muito no trânsito e já me faz lembrar com distância da época em que usava aqueles pesados guias de ruas embaixo do banco do carro. Mas, no exterior, o esquema foi outro. Afinal, eu usei os mapas, essencialmente, caminhando.

A primeira vantagem: os mapas estão dentro da memória do aparelho. Antes de viajar, em casa e conectado ao Wi-Fi, entrei no aplicativo de mapas e baixei as cidades que visitaria (Londres e Paris). Isso significa que, para ver os mapas, não precisei conectar na internet. Os mapas funcionaram totalmente offline. Muita gente que não entende muito de tecnologia acha que usar o GPS significa conectar à internet. Qual a resposta? Depende. Se o seu smartphone usa o Google Maps (a maioria é assim), aí você vai precisar se conectar para baixar os mapas. O Google Maps no celular é bem rápido, mas você precisa ter uma conexão ilimitada de dados ou terá um susto quando ver a conta (ou precisa ter um plano de dados ilimitado).

Se o seu smartphone é Nokia, você não precisará de internet para ver os mapas. E, para isso, é só verificar se as configurações dos mapas estão offline ou online. A internet é usada em combinação com o GPS, no modo online, apenas para "apressar" a localização do aparelho pelos satélites. Mas, vou te dizer, usei o Nokia Mapas na Europa, sem conexão, e ele me achava em questão de segundos.

Além da localização, o Nokia Mapas também me ajudou a encontrar locais de interesse. Era só digitar o nome do restaurante ou da rua e pronto, ele me indicava onde estava. Com uma solução de GPS, foi bem gostoso "se perder" nas ruas de Paris e Londres. De maneira simples, eu apenas olhava onde estava no mapa, onde queria chegar e saía caminhando. Resultado: apenas no primeiro dia de Paris, andei 26 quilômetros!

Resumindo: dá pra usar GPS em viagens? Dá. Prático, rápido e barato, mas cheque como ele funciona antes de embarcar. Recomendado.

Câmera - Se o seu smartphone tem uma câmera boa, aproveite. É uma mão na roda tirar fotos com o próprio telefone em vez de ter que ficar carregando um trambolho no pescoço. O trambolho faz fotos mais elaboradas? Faz. Mas também serve como crachá ("sou turista!") e é grande demais. O mais barato de tirar as fotos mesmo foi usar o aplicativo Nokia Panorama. Ele faz fotos panorâmicas bem fácil: basta tirar uma foto, começar a girar o telefone para direita, esquerda, pra cima ou pra baixo, e ele vai automaticamente encaixando a imagem sem precisar apertar mais nada.

Ficam incríveis. Na verdade, acho que o mais legal mesmo é fazer as fotos, já que é complicado imprimir fotos panorâmicas, né? Sou um fã desse tipo de imagem desde os tempos em que usava o Sony Ericsson W800, o primeiro Walkman. Na época, a câmera já conseguia encaixar três imagens juntas na câmera, então sensacional com seus 2 megapixels (estamos falando de 2005). Fui para Memphis em 2006, fiz fotos panorâmicas e imprimi algumas. Ficaram ótimas, estão até hoje lá na gaveta, sem um porta-retrato que tenha o tamanho apropriado...

Se você não usa um Nokia, veja se sua câmera já não tem esse aplicativo. Se não tiver, procure na loja de apps. Eles são vários e comuns de achar.

Ainda sobre fotos, vale lembrar que, a não ser que você tenha um Nokia PureView (aquele com 41 megapixels), provavelmente suas fotos noturnas não ficarão boas com o smartphone. Quando escurecer, portanto, não arrisque: na hora de uma foto boa, de preferência à câmera dedicada e seu flash Xenon. A maioria dos smartphones hoje possui flash LED. É bom? É, mas não chega perto do flash Xenon, muito mais potente.

(Diferenças: o flash LED é contínuo, pode ser usado como lanterna ou para fazer vídeos de noite. Tem potência menor, mas ilumina de forma ininterrupta. Flash Xenon: tem alcance e luz muito mais fortes que o LED, porém é rápida e instantânea.)

Exemplo de foto panorâmica de Londres: visual incrível com pouca utilidade (mas e daí?)

Resumindo: dá para usar a câmera do smartphone em uma viagem? Dá. Funciona bem e cobre 98% das ocasiões, exceto em lugares mto fechados ou de noite. Aí, prefira uma câmera dedicada.

Música - Antes da viagem, enchi meu aparelhinho azul com músicas diversas. Coloquei até os clássicos do Tião Carreiro e Pardinho, prevendo que ficaria com saudade das modas de viola brasileiras. Me imaginava andando pelas ruas da europa com meu fone de ouvido e empolgado pelas canções de casa.

Não foi nada disso que aconteceu. Praticamente não ouvi música nenhuma. Primeiro, por um motivo simples: são músicas que já tinha. Não queria ouvir coisa velha. Segundo: queria ouvir o meu novo velho mundo. Queria escutar idiomas. Andar por Londres é escutar 8 idiomas em um quarteirão - e isso me enchia de empolgação. Não sei francês, mas queria ouvir os franceses falando. Queria cheirar, ouvir, tocar e sentir a cultura de lá, entendeu?

Resumindo: Dá pra ouvir música durante viagens? Dar, até dá. Mas eu achei absolutamente desnecessário quase o tempo todo. Só ouvi uma coisa ou outra durante uma viagem de trem.

Internet - Viajando pela primeira vez com um pacote de dados ao exterior, a experiência foi diferente. Afinal, ter acesso ao Facebook, Twitter e demais pragas sociais seria o máximo. Bem, até foi legal, mas só no começo.

A impressão é que as pessoas gostam de colocar suas fotos de viagens o Facebook só para os outros verem - não pq realmente querem fazer aquilo. E a coisa é meio como uma febre. Quando vi, estava desesperado conectado ao Twitter e Face apenas para dizer pra todo mundo que estava no Louvre ou qualquer ouro lugar.

Resultado: depois de dois dias conectado em Paris, desencanei. Ver e-mail? Estava de férias. Ver as novidades dos meus amigos no Facebook? Pra quê? Melhor gastar horas andando, andando e vivendo a viagem. Além do mais, smartphone conectado significa uma diminuição considerável na bateria. A única exceção, no restante da viagem, ficou por conta do Foursquare - esse é vício mesmo, admito. Como o pacote do TIM Passport cobra do usuário apenas quando ele usa os dados no exterior, deixei para me conectar ao Foursquare apenas quando tivesse uma rede Wi-fi gratuita disponível (e bati meu recorde de pontos em uma semana!).

Resumindo: dá pra usar dados de internet no exterior? Dar, até dá. As operadoras estão criando ofertas interessantes, como essa da TIM. Mas leve em consideração se você realmente precisa disso. Amigos meus inundam nossas timelines com fotos de cada momento de suas viagens, em tempo real. Você quer se conectar ou só aparecer? Pense nisso antes de tomar sua decisão.

Há outras características interessantes que eu poderia detalhar, como os jogos, o bloco de anotações, os contatos, mas o post já está imenso.

Se tiverem dúvidas, comentários ou questões técnicas, comentem!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A vez do torcedor 2.0

Que prazer voltar a escrever neste espaço! E isso só fica melhor quando os toques no teclado são para falar sobre algo que tem feito parte da minha vida desde a maternidade.

Sempre fui um apaixonado por futebol e desde sempre fanático pelo meu time. Tanto que minha primeira ida ao estádio se deu em 1984, quando com 2 anos de idade e ainda de fraldas “assisti” o SPFC enfrentando o Coritiba pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Desde lá, assistir a um jogo de futebol virou hobby e o Morumbi minha segunda casa. Enquanto crescia, me deparava com os chamados “torcedores de sofá”, título dado a torcedores menos fanáticos, que não pagam para ver seu time e que preferiam o conforto de estar em casa e de fazer outras atividades se “pegassem bode” do jogo.

Mais anos se passaram e agora vejo uma nova espécie surgir e se tornar protagonista: são os que eu chamo de “torcedores de teclado” ou “torcedores 2.0”. Uma evolução dos “torcedores de sofá”, são seres que nunca foram a um estádio de futebol, acompanham apenas retas finais ou copas do mundo, não conhecem o próprio time e a única tática que parecem ter aprendido é a de criar posts criativos e tweets.

Romântico como sou, ainda acredito que o torcedor está no estádio ou hipnotizado pela na TV na hora do jogo do seu time. O torcedor grita GOOOLLLL e não deixa de lado a emoção maior do futebol para digitar “Chupa” quando sua equipe marca um tento (alguns não saberão o que é tento); o torcedor hasteia sua bandeira, compra, veste e desfila orgulhoso com sua faixa de campeão, não tem tempo para ficar criando hashtags; o torcedor, mesmo depois de velho, coleciona álbum de figurinhas e não “likes” em seu post agressivo ao adversário.

Falando nisso, sou da época em que a melhor maneira de tirar sarro do adversário era, no dia seguinte, ir para escola ou para o trabalho com a camisa do clube, com o pôster da Placar, com a faixa de campeão. Nada mais irritante do que ver o orgulho do amigo que torce para o rival. E como isso era legal. No meio da zoação, se discutia tática, melhores em campo, projetava-se futuro, quem será vendido, quem vem para a gente tentar o próximo título. Hoje tudo se esgota na madrugada seguinte ao jogo e se resume ao que chamam de bullying cibernético. Não se discute a partida, posta-se montagens; não se canta o hino do clube, cria-se musiquinhas em que se cita mais o rival do que o próprio clube; não se sabe a escalação do time, só tem na ponta da língua o autor do último gol, que é esquecido quando este gol vira o penúltimo.

Como era divertido sair do estádio dizendo: “vou para o bar, para a Av. Paulista comemorar”. Hoje, ao fim do jogo, se diz “vou xingar muito no Twitter”. E aguardem. O melindre continua este ano em mais um episódio de “Os Eleitores 2.0”.

Ah, que fique claro: liberdade a todas as formas de expressão. E isso é só um pensamento de um fanático por futebol. Que só será compreendido por um outro fanático por futebol.

Fernando Thuler, hoje na comunicação interna da Nextel, deve muito à LVBA. Foi aqui, na Rua Alvarenga 806, que conheceu a mulher da sua vida - Daniela Valsani. Tem um filho lindo, que ainda pretende levar aos estádios muito em breve. Passou cinco anos por aqui, mas sempre que pode, volta pra visitar os amigos. Thuler descobriu na LVBA que o trabalho pode, sim, ser muito gostoso e um lugar cheio de amizades.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

keep calm and run

Acordo bem cedo...

Enquanto tomo meu café da manhã, meticulosamente imaginado na noite anterior (é difícil pensar com clareza logo cedo), olho pela janela e percebo que o céu ainda está estrelado, fato que me faz querer muito voltar para a cama e retomar o sono...

Persisto.

Confiro o kit pela terceira vez... Acerto os alfinetes e o número do peito.

No carro, seguindo para o local da prova, percebo que o sono já deu lugar ao friozinho na barriga que vai me acompanhar até a largada. Nos arredores, percebo pessoas que, vestidas e aparatadas exatamente como eu (camiseta, tênis e fones de ouvido), devem estar sentindo o mesmo.

Tá. Tudo bem. Em algumas modalidades a corrida pode até ser considerada um esporte individual, mas é preciso admitir: solitária ela não é.

E sabe o que é mais engraçado? Olhar para um número tão grande de estranhos e, ainda assim, sentir que estas pessoas – este incrível número de rostos que nunca vi e de histórias que nunca ouvi – integram a mesma equipe que eu, e que somos parte de um time cada vez maior...

Exagero?

Bom... pra mim, não.

Sabe? É a primeira vez que me apego a um esporte. Quer dizer... Sempre gostei de nadar, mas mesmo quando eu praticava, qualquer desculpa era suficiente pra me afastar das piscinas...

Pra ser sincera, acho que apesar de cordial, minha relação com o esporte sempre foi assim... distante. Era difícil entender, por exemplo, por que diabos as pessoas choravam assistindo futebol...

E o estalo só aconteceu durante a primeira prova de que participei...

Pode parecer estranho, mas quando percebi o pelotão de elite passar voando por mim, enquanto (com muito esforço) eu ainda lutava para completar meu segundo quilometro, não consegui segurar o choro... Mas não foi aquele choro de quem sofre uma derrota vergonhosa... não... As lágrimas eram de admiração. Eram minha forma de demonstrar felicidade por aqueles que deram passadas (ok... passadas muito mais rápidas que as minhas) naquela mesma trilha... eram um sinal cúmplice para aqueles que sabiam exatamente o que eu estava passando ou sentindo, porque também já haviam passado por uma primeira prova.

Mas o fato é que, a partir daí, as lágrimas viraram habituais...

Mesmo acompanhando a distância, não consigo mais conter a emoção de perceber pessoas superando desafios...

Chorei assistindo à Maratona de São Paulo, por exemplo, da mesma forma e com a mesma intensidade com que chorei ao acompanhar, na última prova do Circuito das Estações, os metros finais percorridos por um cara que usava uma prótese e por uma garota de muletas. Com eles, além das lágrimas, dividi também alguns gritos (que atribuo à endorfina) e o sorriso, que é a marca universal da superação.

Cada um teve um motivo pra começar, pra resistir e pra continuar. E por mais diferentes que estas razões possam ser, todos compartilham de um mesmo objetivo: chegar ao final.

Acredite... Na corrida, não é você contra você mesmo. É você a seu favor.

Então, keep calm and run, baby, run.

Camila Pires está triste porque não vai conseguir participar da próxima São Silvestre, mas já está se preparando para 2013...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A gente não "podemos" fazer nada!



Há dez dias, passei por uma experiência bem desagradável. Fui a uma cerimônia de cremação no Crematório Municipal da Vila Alpina, em São Paulo. Claro que o simples fato de estar naquele local, tornava meu sábado um bocado triste. Depois de 70 dias internada numa UTI, Judith, esposa do Nelson, um grande amigo do meu marido, veio a falecer. Era uma pessoa alegre, inteligente, doce e muito querida. A emoção e a tristeza tomaram conta de centenas de amigos.

Ao final da cerimônia, encontro meu carro – que estava estacionado numa vaga formal, dentro das instalações do Crematório – suspenso por um macaco e com as duas rodas do lado esquerdo furtadas. A cena é ridícula! Assustadora! Por um minuto temi que o ladrão voltasse para buscar o macaco. Trêmula e branca, tal como uma assombração (ops, desculpem a infeliz comparação...), corri para a administração do local para comentar o fato. Todos foram atenciosos, mas sempre deixando claro que “não tem nada que possamos fazer”. Pedi a presença da Guarda Civil Metropolitana, responsável pelo policiamento do local que, igualmente gentil e atenciosa, dizia “não tem nada o que podemos fazer”.
Óbvio que, diante da dor dos familiares da Judith, que olhavam chocados para o meu carro, relativizei minha raiva e meu problema. Eram só duas rodas e o guincho chegaria em minutos para levar o carro para uma oficina autorizada. O sofrimento deles não tem guincho que pudesse minimizar.
Então, parti para a solução do problema e, na terça-feira, após desembolsar R$ 1.790,00 , estava com o carro em ordem. Saí da concessionária, andei menos de dois quilômetros e percebi que minha sensação não era de problema resolvido. Me dei conta de que o problema poderia acontecer novamente, pois, se mesmo dentro de um estacionamento isso acontece, eu estava vulnerável para passar por isso novamente. Comecei a escutar as vozes simpáticas dizendo “não podemos fazer nada”.
Aí entendi a origem das fobias e das neuroses. Naquele exato momento, eu podia ir para casa, me trancar para me resguardar das violências do mundo, ou enfrentava o medo e pensava: o que eu posso fazer? Voltei para a concessionária e troquei ideias com os técnicos sobre dispositivos existentes que poderiam evitar que rodas e estepes sejam roubados.
Investi mais R$ 511,00 e instalei tais dispositivos. Foi um investimento mesmo. Afinal, fiz isso pela minha sanidade emocional. Para que eu pudesse continuar vivendo sem me sentir ameaçada a cada esquina. E meu objetivo ao registrar esta experiência é compartilhar uma vivência importante para todos que moram em cidades violentas e agressivas. Entrar na neura, é fácil. Daí nascem as síndromes do pânico, as depressões e outras patologias. Infelizmente, é a pura verdade: ninguém faz nada por nós (não é certo, mas é assim que acontece!). Porém, nós podemos ficar atentos e optar por viver, apesar de tudo.
A tentação de colocar a boca no mundo é enorme. De dizer que eu pago os impostos, IPVA, seguro obrigatório, taxa de licenciamento e mais isso, aquilo e aquilo outro. Mas isso daria outra pauta, outra discussão. #ficaadica somente do “tem tudo o que você pode fazer por você”.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fazendo algo com paixão

Fui convidado pela LVBA para escrever um post no 806 sobre o livro do Chaves, que recentemente foi publicado em uma nova edição. O texto abaixo é resultado de um pensamento vivo, de frases soltas e ideias que quis escrever. Espero que curtam – e leiam até o fim. J

Foi na faculdade, no início dos anos 2000, a partir da amizade com Fernando Thuler, que surgiu a primeira ideia de fazer algo sobre o Chaves. Sim, o Chaves, do SBT. Vítima de eternas piadas e preconceitos, Chaves, àquela altura, já era exibido há quase vinte anos. Menos do que os quase trinta a serem completados em 2014, mas ainda muito.

Hoje, falar de Chaves é bacana, é engraçado. Os dois maiores seriados de Roberto Gómez Bolaños, criador dos programas e intérprete do menino Chaves, nasceram no início dos anos 1970. Em 1970, surgiu o seriado “El Chapulín Colorado”, enquanto “El Chavo” veio no ano seguinte, em 1971. Ambos foram resultados de esquetes que Bolaños havia criado anteriormente, em passagens por uma agência de publicidade e um programa de variedades na TV.

Fernando Thuler e eu – mais tarde o amigo Paulo Franco juntaria-se ao projeto – não tivemos vida fácil. Afinal, como seria possível fazer um TCC – o temido Trabalho de Conclusão de Curso – abordando um tema tão “chulo”? Sim, na visão de muitos alunos, falar sobre Chaves no TCC era apenas uma forma de levar o projeto “nas coxas”.

Mas o que eles não perceberam foi a paixão em nossos olhos. Com a palavra, nosso orientador do TCC, Marcelo Rollemberg:

“Quando Luís Joly me procurou, no começo de 2003, para me convidar a orientar o Trabalho de Conclusão de Curso – o sempre temido e instigante TCC – de seu grupo, confesso que fiquei em dúvida quanto ao tema escolhido. Ele e Fernando Thuler – mais tarde também entraria Paulo Franco – queriam fazer um livro-reportagem sobre o Chaves. Quem? O Chaves. O do SBT? O próprio. Em um primeiro momento, tomado talvez de uma arrogância intelectual que pouco ou nada tem a ver comigo, mas que vez por outra nos pega desprevenidos, não achei a ideia tão boa assim. Ainda mais para um livro-reportagem. Mas essa sensação deve ter durado um minuto. No minuto seguinte, já começava a me convencer de que, sim, a ideia era boa e de que aqueles rapazes tinham condições de fazer um belo trabalho a respeito.”

Sim, escolhemos um tema que nos despertasse a paixão. Assim deve ser na vida. A mesma paixão que levou Bolaños a criar suas séries, ou a que faz um arquiteto concluir um projeto, um piloto vencer uma corrida. Nada feito sem paixão é bem feito. Aos olhos externos, pode até parecer bom. Mas, internamente, você sentirá um vazio imenso ao concluir um projeto feito sem paixão.

Quando Fernando Thuler e eu decidimos fazer um livro-reportagem sobre o Chaves – o primeiro publicado no Brasil -, tínhamos paixão em cada frase. Deu trabalho, claro. Pesquisar sobre Chaves é complicado. Estamos falando de um assunto antigo, cheio de incertezas, boatos, lendas e mistérios. Decifrar o que é verdade ou o que é história é difícil. Mas a apuração é a essência do jornalismo. E, claro, somos apaixonados por jornalismo.

Eu me lembro quando o livro foi impresso. Trabalhava em outra agência quando a caixa chegou. Vinte livros, exemplares do autor. A agência parou para ver. Todos, menos eu. Queria ver a capa apenas quando estivesse com o Fernando. Tiramos a foto abaixo. Os funcionários segurando o livro. Quem tirou a foto fui eu. Mas, quase de olhos fechados.

Apenas fui focar na capa do livro quando encontrei com o Thuler, mais tarde naquele dia. E tive um prazer que jamais havia sentido. O resultado de tanto trabalho, e insistência para conseguir uma editora, dois anos e meio de portas na cara, professores rindo, entrevistas, suor, estava tudo ali, nas minhas mãos. As lágrimas vieram, a alegria de fazer alguma diferença no mundo. Pequena, ínfima, irrisória. Mas uma diferença.

Dizem que um homem deve plantar um filho, escrever uma árvore e ler um livro – não necessariamente nessa mesma ordem. J De qualquer forma, dois já foram.

Meses depois do lançamento, conferindo um fórum de internet para fãs de Chaves, me deparei com a seguinte declaração de um fã de 12 anos: “este foi o primeiro livro que li com muito prazer. Foi a primeira vez que li algo que realmente queria”. Poxa, eu estava lá, estimulando a leitura de jovens brasileiros? Quem sou eu pra isso?

Não sou ninguém. Sou só um apaixonado.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O saco sem fundo


Poucas coisas me irritam tanto como as constantes denúncias de corrupção, em todos os níveis de nosso Governo. Na verdade, não são as denúncias que me irritam – elas inclusive ajudam ou deveriam ajudar a combater esse mal – mas a constante “cachoeira” de incidentes, todos envolvendo milhões de reais, que despeja, todos os dias, novos fatos sobre uma velha prática.

Por que isso me irrita tanto? Primeiro, porque tira de quem precisa para entregar a quem não merece. O desvio de verbas de educação, saúde, limpeza pública, transportes e outros tantos itens prejudica a sociedade como um todo, encolhendo cada vez mais um orçamento que, por si só, é sempre mais restrito que a necessidade.

Segundo, porque os envolvidos sempre são aqueles que deveriam zelar pelo dinheiro público, protegendo a sociedade – uma versão atualizada da raposa tomando conta do galinheiro.

Terceiro porque, na eventualidade de alguma denúncia ser acolhida, o período de tempo entre essa denúncia e as medidas legais de punição, incluindo recursos, etc., leva tantos anos que todos nos esquecemos da causa – isso quando a punição não se limita a uma aposentadoria compulsória, paga por nós, ampliando o rombo da Previdência; belo castigo!

O que me incomoda, porém, é a percepção de que as pessoas já estão cansadas disso tudo. A sucessiva e avassaladora produção de denúncias tem contribuído, principalmente, para a banalização do problema, transformando a corrupção num “estilo” de vida.

É frustrante, sim, mas não podemos desistir. Precisamos continuar reclamando, denunciando, protestando.

E, principalmente, fazendo a nossa parte, para acabar de vez com esse saco sem fundo.

Flavio Piccolo é Diretor Financeiro da LVBA

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Homenagem


A vida é cheia de surpresas, algumas boas, outras muito ruins! Ao mesmo tempo em que nos presenteia com algo, nos tira também.

Neste post vou homenagear o avô do meu namorado, Sr. Luiz Neves, que, infelizmente, faleceu na última segunda-feira de manhã, vitima de infarto, deixando todos com uma imensa saudade. Ele já havia passado por uma cirurgia de ponte de safena há um ano, na qual colocou um marca-passo, mas, até então, estava bem. No domingo ele caiu e o inchaço em seu coração pressionou outros órgãos, gerando um infarto e, em seguida, falência múltipla dos órgãos.

Passamos a madrugada toda no velório, foi muito triste ver todos chorando e perceber que você não pode fazer absolutamente nada para mudar aquilo. Chorei muito, também. Fiquei com meu namorado, Johan, e a família dele o tempo todo. Eu sei a dor que ele sentiu, pois perdi meu avô há dois anos, pela mesma causa – infarto. Além do meu sofrimento, vi o quanto minha mãe ficou triste quando perdeu o pai.

Eu amo demais o Johan e a família dele tem um espaço enorme guardado em meu coração. Estar com eles e poder apoiá-los era o que eu devia fazer e, pra mim, foi gratificante poder ao menos dar atenção e carinho a todos naquele momento tão difícil.

Mudar a morte é impossível, mas podemos adiá-la com uma alimentação melhor, cuidando de nossa saúde, da nossa mente... Porém, Deus decide o nosso dia e, quando Ele nos chama, infelizmente, nada podemos fazer.

Seu Luiz cumpriu suas metas, casou-se com uma mulher muito boa, Dona Teresa, e gerou uma linda família, feliz e unida, teve filhos, netos e bisnetos maravilhosos. Com certeza ele ficará guardado com muito amor e carinho na memória e no coração de todos...

Uma das coisas mais bonitas e também mais doloridas de ver foi a avó do Johan relembrando o casamento dos dois, contando a história de amor deles. Casados há muitos anos, eram companheiros de verdade, apoiaram um ao outro em todos os momentos da vida, bons e ruins. Isso sim é amor de verdade! Admiro exemplos de vida como esse.

Mas a dor de perder quem amamos é inexplicável. A vida passa muito rápido, somos apenas meros mortais. E nesses dois dias notei algo muito importante: no dia a dia, temos nos esquecido das pessoas que amamos.

Por isso, fique o máximo que puder com quem você ama, aproveite cada segundo, curta cada sorriso, até mesmo as brigas... Perdoe, faça as pazes, amanhã é um novo dia, mude enquanto é tempo. Divirta-se, brinque, dê carinho, diga “eu te amo” quantas vezes achar necessário, abrace e beije aquela pessoa especial.

Quando digo pessoa especial, não falo apenas de seu (sua) companheiro (a), mas de toda a sua família, daqueles que fazem a diferença em sua vida, todos os dias. Que iluminam seu caminho, que enchem seu coração de felicidade só pelo simples fato de existirem. Aproveite ao máximo, cada momento é único e não volta mais...

Pra mim, ‘O sentido da vida’ é saber ser feliz, só por existirem pessoas que te amam de verdade, e cultivar, enquanto podemos, o melhor da vida ao lado delas...

Deixo aqui um enorme beijo para o meu avô, Sr. José Dias Cavalcante, e para o Sr. Luiz Neves, avô do meu namorado, que Deus os abençoe e proteja sempre!


Desejo a toda a família Neves força, e que Deus os ilumine sempre, pois são pessoas maravilhosas!


Mônica Cavalcante de Assis

quinta-feira, 24 de maio de 2012

São Paulo, I love you but you’re bringing me down


Sempre que ouço essa música do LCD Soundsystem sobre a Big Apple, percebo como o sentimento combina com São Paulo. Falo com conhecimento de causa: sou nascida e criada na enorme selva de pedra e, diariamente, me sinto dividida entre o amor, por tudo que a cidade tem a oferecer, e a raiva, por causa das consequências de tanta grandeza. 

Se fosse para escolher um adjetivo para São Paulo, seria paradoxal. Porque, sim, eu amo essa cidade, mas todo dia me pergunto: como é possível ter simpatia por um lugar que tem greve do metrô no meio da semana e instaura o caos na vida de todo mundo? Como amar a cidade mais cara da América Latina – ainda mais quando o bolso da maioria de seus habitantes não acompanha esse status? Como não ficar louco nas ruas que abrigam o sexto pior trânsito do mundo? Dá para aguentar essa cidade tão cinza e na qual, como dizem por aí, não existe amor?

Dá sim. Como é aquela expressão mesmo, mulher de malandro? Pois é... São Paulo é uma mãe, bem brava, mas com um coração enorme. É feia, mas você se apaixona por ela. Ainda não sou tão viajada quanto queria, mas acredito que são poucas as cidades no mundo com tantas opções de lazer, cultura, gastronomia, entre tantas outras coisas que acontecem aqui 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso é muito importante e característico, mas ainda não é o mais legal.

O mais legal é perceber como a cidade toma uma nova forma a partir do momento em que você redescobre detalhes que têm o poder de mudar sua rotina. Por exemplo, quando acabar o fôlego na Avenida Paulista, epicentro da cidade, dá para se isolar de tudo no Parque Trianon. Também dá para ter uma vista surpreendentemente bonita da cidade na saída da Estação Sumaré. Dá para admirar a beleza de tanta gente que a cidade recebe, de tantos lugares e estilos, depois de cinco minutos sentado na escadaria do Teatro Municipal. Ou descobrir uma coisa nova todo dia – tem um bairro paulistano perto do litoral, sabia?

Ainda bem que São Paulo também sabe dar carinho. Pode ser num cartaz divertido, num gesto simples e estimulante, num grafite que apareceu para salvar uma parede branca e esquecida, num “bom dia” no ônibus. Apesar de tudo, ainda dá para respirar fundo, levantar a cabeça, enfrentar e aproveitar essa imensidão de concreto. Daria até para trocar a ordem do título desse post: “São Paulo, você me chateia, mas eu te amo”.


Natalia Máximo é paulistana da gema. Fala “meu!” toda hora, faz palavras cruzadas no ônibus durante o demorado percurso casa-LVBA-casa e deixa o lado esquerdo livre na escada rolante do metrô - e discute com quem não deixa.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A gravidez e o mundo cute cute

Estar grávida é viver emoções que só quem pode gerar uma vida é capaz de entender. Não vou aqui me detalhar nelas, pois meu post é para comentar as pegadinhas da indústria da maternidade e todos os serviços e produtos que permeiam a espera de um bebê. São itens de decoração para o quarto infantil que custam uma fortuna, produto específico para a higiene do nariz da pequena criatura, conta gotas para usar na medicação (a criança nem nasceu e já presumem que ela vai precisar se medicar, fora que muitos medicamentos já são vendidos com o medidor próprio).

Como esta é minha segunda gestação, até que me sinto mais “calejada” para escapar de algumas armadilhas que são vendidas como indispensáveis, como o kit berço, um conjunto de acessórios decorativos para proteger o bebê de não se digladiar nas grades do berço. “É um kit tão lindo! Um tema mais lindo que o outro! Que cute, cute!“, dizem,

O que ninguém fala é que o alto investimento neste kit berço talvez não seja assim tão útil. Na primeira vez que ele é retirado para lavar, além da preguiça de recolocar aquela “indispensável” saia de berço, você se dá conta que seu filho vai sobreviver sem ele e, então, toma a decisão de não recolocá-lo e ficar só com os dois rolinhos ou almofadas decorativas e está tudo certo. Um alerta, se você passou por isso, não faça a conta: um kit berço completo – duas simples almofadas = vários Reais sobrando. Se fizer vai ficar deprimida, não se preocupe, eu fiquei!

Muito bem, resisti ao kit berço desta vez, mas infelizmente não consigo escapar dos sorrisos meigos das vendedoras que tentam oportunamente te empurrar diversos itens correlatos. Sugiro aqui um desafio: experimente entrar numa farmácia com uma melancia na barriga e pedir um simples óleo de amêndoas. Você terá grande chance de ser questionada se já conhece a nova linha de hidratação para gestantes, ou se já comprou as fraldas espetaculares que a marca tal lançou. Não podiam simplesmente perguntar se eu desejo algo além do óleo de amêndoas? Por que não perguntam para a magricela que também entrou na farmácia se ela já conhece o suplemento alimentar que é a ultima novidade no mercado?

Termino o post com um conselho que pode parecer incoerente com o desabafo que fiz até aqui, mas o fato é que, se você está passando por uma gestação ou pretende passar, seja como protagonista seja coadjuvante: deslumbre-se mesmo! Curta cada possibilidade, veja todas as novidades deste universo que é mesmo encantador, mas sempre com o senso crítico que lhe fez (espero) decidir ter um filho. Ponderação! Seu filho precisará disso em você por toda a vida. Que tal começar antes de ele nascer?

Edna Lira, que é mãe de Eduardo e está à espera de Ana Laura, adora meiguices que acalantam, mas que não a iludam. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O primeiro de muitos

Em meados de julho de 2011 recebi uma notícia fantástica! O teste de gravidez deu positivo! E, com ele, a vida foi totalmente modificada – ao contrário do que se diz a vida não muda apenas quando o bebê nasce, mas sim quando você vai fazer o teste!

Reuni toda a família e contei a grande novidade. Para o Papai do rebento, a notícia foi contada sem palavras; um par de sapatinhos se encarregou de dizer que alguém muito especial estava chegando! Alguns dias depois, comemorei meu primeiro aniversário como mãe – foi o mais especial de todos e também o mais diferente.

No dia 06 de agosto fomos fazer o primeiro ultrassom. Quem me conhece sabe o quanto eu sou ansiosa. Esperar pelo dia do ultrassom – uns 15 entre o teste e o Dia D – me pareceu que já tinham transcorrido os nove meses da gravidez. Afffff, que desespero. Não esqueço este dia por vários fatores. Vamos ao principal deles: ao iniciar o exame, o médico perguntou: “É a primeira gravidez?”; respondi entusiasmada e medrosa: “Sim. É a primeira.”. E lá veio ele: “Então vou começar com a primeira boa notícia. Parabéns, são gêmeos!!!”. Depois de alguns segundos de puro pânico e muita confusão mental, desandei a chorar. E o meu senhor (o Pai dos pequenos), desandou a gritar: “Eu sabia, eu sabia. Eu tinha certeza. São dois, são dois!!!”. E eu, chorando...

Saímos do exame sabendo que estava tudo bem com os bebês e que eles já estavam na minha barriga há quase três meses... Ah, o outro fator que tornou este dia inesquecível? No caminho para a loja de enxoval de bebês, um grande – grande não, enorme – caminhão atropelou o carro em que estávamos. Foi a primeira grande aventura dos meus bebês!!!

Bom, não vou negar que o pânico que se abateu sobre minha pessoa no exame que nos contou que eram dois bebês continuou a possuir o meu corpo durante vários dias. Aliás, ele ainda me acompanha! Algum tempo depois, descobrimos que Papai do Céu tinha nos reservado duas meninas! Confesso tb que fiquei um pouco chateada, pois um casal seria perfeito.Mas vamos lá, vamos seguir em frente com o que temos, certo?! Durante toda a minha gravidez, fui cercada de muito carinho, muito mimo e descobri que estava rodeada de pessoas iluminadas.Vou citar duas delas apenas como referência, ok?

Deborah – ah, a minha Deda... Foi ela que me acompanhou no laboratório para tirar sangue para o teste e que compartilhou este segredo comigo por vários dias. Ao contrário de todo mundo, fiz primeiro o exame de sangue e depois o de farmácia... Foi a Deborah que desceu comigo no refeitório da LVBA para ler o resultado do exame na tela do computador. Foi ela que viveu comigo a ansiedade de começar uma nova vida!

Adriane – essa se mostrou, novamente, uma verdadeira mãe para mim! Me amparou nos momentos de maior paranoia, me levou comida fresa e saudável durante quase toda a gravidez e entendeu a minha necessidade de ficar ausente do escritório nos momentos finais da gestação. Foi ela tb que chorou no telefone quando liguei para contar que eram duas meninas e que recebeu em primeira (sem considerar a família) mão a notícia de que a bolsa havia estourado!

Vou pular o miolo da gravidez, já que é igual a todas as histórias que vocês já conhecem, com a diferença de serem dois bebês! Chegou o grande dia!!! Em 23 de janeiro de 2012 corremos para o hospital e fizemos a cesárea das meninas, que chegaram seis semanas adiantadas. Foi neste dia que também nasceu a Daniela mãe, uma Daniela mais forte, mais guerreira e mais preparada para a vida. O medo e o pânico continuavam na minha vida, mas tinha que lutar contra eles, já que as minhas filhas precisam de mim inteira, pois passariam seus primeiros 20 dias de vida internadas na UTI. E além delas, precisava lutar contra uma série de complicações pós-parto, que teve até episódios na ala semi-intensiva do hospital.

No dia do aniversário do meu senhor trouxemos as meninas para casa. Tenho certeza que foi o melhor aniversário da vida dele, já que a emoção havia tomado de assalto aquele corpo e aquele ser que queria ser o mais forte e o mais durão do planeta...

Os primeiros dias em casa foram muito difíceis e para preservar a gente destas lembranças, não vou detalhar o que aconteceu. Vou apenas dizer que foram dias intensos, fortes, bonitos, inseguros, felizes e estranhos.

Meu objetivo com este texto é dizer apenas que este será o meu primeiro, de muitos, Dia das Mães, e para contar que, enfim, vou conhecer o outro lado desta data. Já vivo o dia da mãe desde o dia em que descobri que estava grávida, mas confesso que espero ansiosa pela data oficial para entender e descobrir o que acontece todo segundo domingo de maio.

Agradeço a Deus pelas minhas filhas e pela oportunidade de poder viver o Dia das Mães!!!

Daniela Mesquita é uma LVBAna feliz e realizada e suas filhas se chamam Julia (a mais velha) e Giovana. Em tempos de mídias sociais, conseguiu manter este novo momento de sua vida fora das redes, resguardando a privacidade e a magia deste momento. Resolveu, neste Dia das Mães, escancarar a notícia e contar para o mundo o quanto ela está feliz por ser Mãe! 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

NUNCA diga NUNCA



Sempre fui a rainha de frases como “eu NUNCA vou fazer isso” ou “NUNCA vou usar aquilo”. Mas a vida nos prega várias peças e comigo não foi diferente.

Depois de sair da minha zona de conforto (a barra da saia da mãe), fui obrigada a fazer várias coisas da minha lista do NUNCA. Mas calma. Não comecem a pensar em besteiras. Existem coisas que, talvez por índole, eu NUNCA faria mesmo... Outras, no entanto....

Quer dizer, NUNCA imaginei, por exemplo, que trabalharia com o Word. Com o Excel, então... nem pensar. Ter uma calculadora em cima da minha mesa? Pra que? Eu NUNCA vou usar isso. PC? O que é isso, gente? Chefe mulher? Eu NUNCA vou me dar bem com uma. 

Mas eis que vem a danadinha da vida e me coloca para trabalhar em um lugar com tudo isso. E sabe o que é pior (ou melhor)? Eu gostei muito. Estou aprendendo horrores, me divertindo, apanhando do Excel, mas aprendendo a bater também. Enfim... venho para o trabalho feliz, acompanhada por todos os meus NUNCAS e os meus ex-NUNCAS.

E é por isso que quero fazer um convite: comecem a pensar em fazer pequenas coisas da lista do NUNCA de vocês.

Afinal, NUNCA achei que seria capaz de dar chance para certas coisas e que acabaria agradecendo por isso... Então, aproveitando a oportunidade e o ditado “Antes tarde do que NUNCA”: obrigada a todos da LVBA pela oportunidade de aprender e batalhar com vocês \o/.

Carolina Possibon é formada em Publicidade e Propaganda, pós-graduada em Comunicação Organizacional, mas depois de 10 anos na criação deixou tudo isso de lado para curtir Word, Excel, calculadora, eventos, diagramação, revisão e puxar saco das suas chefas lindas.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um mês, um lugar


Hum, isso aqui é... Err...

Um falta, um já está pronto. Um nos deixa apreensivos, o outro, tranquilos. Um é interminável e o segundo é até grande, viu? - e do tamanho dos nossos sonhos. Falta um mês para a chegada do nosso primeiro filho, Pedro, meu e de Thaís. A próxima boa notícia é que o ninho dele já o espera, ajeitadinho! Temos berço, armário, cômoda, banheira, protetores, kits, roupas, fraldas, sabonetes, sugadores de nariz e coisas que ainda nem sabemos para que servem, mas que serão úteis!

Thaís e eu nos mudamos de casa muito recentemente e percebemos que o Pedro já tem mais itens que a gente. Caixas e mais caixas só para um rapazinho que, soubemos há pouco, tem 2,5 kg e 44 cm - um gigante! É uma preparação muito minuciosa, exagerada, abundante... prazerosa e necessária! Porque é, de fato, a única preparação possível. Quem aí acha que está preparado para ter um filho, levante a mão!

Suas mães, sogras, tios, avós... podem até dar mil dicas sobre detalhes simples e esquisitos, você já frequentou aquele cursinho pré-bebê curioso na maternidade, com efermeiras prestativas, experientes... Mas vocês, novos pais, novas mães, não estão preparados. Thaís e eu não estamos preparados. O nosso ninho está, por fora, mais do que pronto, mas em nosso íntimo, não há precaução que baste. E isso é ótimo!

Acho, e não só acho como aprendi um pouco sobre isso em quase 30 anos de andanças e situações, que o melhor de nós surge no susto, na surpresa, no inesperado, no acidente, na espontaneidade. Claro, o que fazemos planejadamente, com antecedência, etc... sai bem bonitinho. Mas será que é tudo verdadeiro? Nosso trabalho, as interações sociais... tudo estudado para ser correto, bom, belo.

Mas o que é do coração segue exatamente a lógica do que somos: nada lógicos! Nossos corpos são um emaranhado de tecidos e líquidos que nada têm de exatos, quadrados, as árvores, os animais... a vida é algo incerto, maluco, mas que se equilibra, funciona, de algum jeito, sem nossa interferência, nossos cálculos, exames e suposições.

O nosso amor, meu e de Thaís, a nossa paixão, tudo o que nos mantém juntos, o que nos dá força para fazer a nossa segunda e exaustiva mudança, montar e desmontar caixas, resolver problemas com pintor, eletricista, torrar as economias na reforma, ficar com os ouvidos doendo do latido dos nossos beagles, que se assustam com a casa nova... esse amor imenso, que gerou o Pedro, é feito dessa mesma matéria estranha e maravilhosa que tece o mundo. E nada seria fantástico como é se fosse previsível.

Posso até escutar uns risinhos contidos ou até internos de alguém que está lendo esse texto, e o pensamento: "Não tá preparado, é? Você nem imagina o que te espera". Não mesmo! Mas estou preparado para descobrir. Pedro, pode vir, que a gente não tá nada pronto e muito, muito, mas muito feliz para te receber, e com todo o amor do mundo! Só mais um mês e você vai estar no seu cantinho, junto com a gente, prontinho.

--
Allan Araújo é jornalista, músico e outras coisas para as quais se preparou para ser. Quando o Pedro nascer, ele só vai saber babar. E também registrar tudo no blog criado pela esposa, Thaís: entaopedro.blogspot.com.br.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

De volta para a Universidade

Aconteceu nessa semana o V Fórum de Relações Públicas, promovido pela Universidade Santo Amaro. Fui convidado pela professora Eiko Enoki para apresentar e discutir o tema “Comunicação na era das mídias móveis”. Por ser um dos meus assuntos preferidos, fiquei muito feliz ao ver que há tantos entusiastas das novas formas de comunicar.

Mais presente do que nunca e começando a aparecer no mundo empresarial, o conceito de PR Mobility©, da ação voltada para o indivíduo – melhor, para um novo indivíduo – foi um dos assuntos mais discutidos na noite. A reflexão foi feita com foco no novo indivíduo, que deixou de ser o representante de um público estático (será que alguma vez já foi assim?) para ser um alvo móvel e interativo. Não se pode mais entender os públicos de interesse como receptores, leitores apenas. No mundo conectado todos são potenciais geradores de conteúdo, compartilhadores de informações e experiências.

A maior contribuição dos fóruns e palestras de que tenho participado tem sido a questão da interatividade, a possibilidade de discutir tendências e casos de mercado com aqueles que farão parte dele muito em breve. Sinceramente, acho que é nossa função, portanto, levar nossos conceitos e nossa visão de mercado para as universidades e centros de formação. O tempo das ações de comunicação mudou, e estranho seria se fosse diferente. Há inúmeras novas discussões a considerar assim como são inúmeras as alternativas para aprofundar nosso conhecimento a respeito delas.

Acreditamos no conceito de PR Mobility©, nesse dinamismo, nessa busca por alternativas criativas. Sempre haverá espaço e agenda para a experimentação interativa, principalmente se forem fundamentadas tecnicamente, planejadas e avaliadas.

E como diria Castells, “As redes são e serão os componentes fundamentais das organizações. E são capazes de formar-se e expandir-se por todas as avenidas e becos da economia global, porque contam com o poder da informação propiciado pelo novo paradigma tecnológico".

Que venham os próximos encontros!

Rafael Navarro é profissional de Relações Públicas, executivo da LVBA Comunicação e, por curiosidade e inquietação, está sempre em busca de novas formas de promover a comunicação para as empresas.



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Crianças, fantasia e Páscoa


Ela tinha lá seus dois aninhos quando montamos a brincadeira pela primeira vez. Picamos papel, fizemos um “ninho” acolhedor. Ao lado, colocamos uma cenoura e uma vasilha com água. Tudo pronto para que o coelhinho pudesse ter uma estadia agradável, deixar o ovo de Páscoa, e seguir seu caminho para a próxima casa.

Criança na cama, chega a vez dos pais. Ovo grande escondido em um lugar de fácil acesso, mas de difícil visualização. Ovos pequenos em locais mais visíveis para despistar. Dedos no talco para fazer o rastro. Um rastro que levava ao ovo grande, passando pelos pequenos, mas que ia e vinha, dando a impressão que não tinha muita certeza de onde esconder a surpresa. Uma mordida na cenoura, vasilha meio esvaziada. Tudo pronto, é só aguardar a manhã seguinte.

Não preciso contar o resto da história, pois a combinação criança, fantasia, surpresa e chocolate tem sempre um final feliz.

Esta tradição durou até descobrir que coelho da Páscoa vive no mundo da fantasia. E o mais gostoso é que a lembrança ficou marcada para todos nós: ela e os pais.

Páscoa, para mim, é isto: fazer a felicidade com pequenos gestos e guardar esta lembrança para a eternidade.

Boa Páscoa!
Valnei Lorenzetti