A paternidade para mim aconteceu bastante cedo, aos 21 anos e, lógico, não estava preparado para tamanha responsabilidade. Hoje aos 28, aprendo a lidar com toda a complexidade de ser pai a cada dia com a Giulia, e a amo ainda mais por isso. Mas, mesmo que o tempo e a experiência tragam o aprendizado, continuo a me sentir perdido. Afinal, a criança quando nasce não vem acompanhada de um manual de instruções, bula, receita ou algo que nos dê a fórmula certa ou respostas diretas.
Colocá-la para dormir, trocar fraldas, dar banho, comparecer à reunião de pais na escola, inventar brincadeiras dentro e fora de casa... Ainda que a lista seja longa, as preocupações que envolvem esse relacionamento de pai e filha vão muito mais além dessas tarefas. Meus maiores questionamentos são referentes ao estudo, ao tipo de educação que estou proporcionando a ela versus àquilo que acredito ser ideal. Muitas vezes me questiono em relação aos valores que estou passando e de que forma ela os tem absorvido. Será que o motivo de eu ser tão envolvido com essas questões é por que sou um pai solteiro e tenho a Giulia morando comigo? Pode ser...
Acredito que esse título requer um equilíbrio emocional maior. Digo isso porque, enquanto o pai – quando casado – divide frequentemente com a mãe a responsabilidade sobre decisões que envolvem os filhos, o pai solteiro tem um comportamento diferente nas decisões do dia a dia: este último conta com uma autonomia natural que a própria realidade impõe.
Não tenho a menor dúvida de que ser um pai solteiro é uma das tarefas mais difíceis que existem, ainda que eu conte muito com a ajuda da minha mãe. E é justamente daí que surgem outras importantes questões, como: Qual é a medida da sensibilidade? Como é possível passar mais tempo com ela e trabalhar o mesmo tanto?
Não há dúvidas sobre a dificuldade – inerente aos pais do mundo atual – que existe em equilibrar o trabalho, crianças, levar à escola e estar ciente do que lá acontece, ajudar nos estudos, cuidar da dor de garganta, levar ao médico... Sem contar que eu também quero – e preciso – ter um tempo para mim: curtir minha namorada, estudar, ensaiar com as minhas bandas e tudo o mais. Claro que a parte financeira sempre pesa. Principalmente no meu caso, que tenho a guarda da Giulia.
Seja à parte ou em meio a cada uma dessas lutas, as crianças e as suas necessidades de atenção, tempo de qualidade, orientação e os cuidados do dia a dia, mostram-se esmagadoras. Às vezes, sinto que cada área da minha vida acontece – ou seria melhor dizer equilibra-se – como um show de malabarismo. Até porque, todo dia ao chegar em casa do trabalho, dedico pelo menos algumas horas para estar com ela. Brincamos de videogame, trocamos a roupa da Barbie, leio histórias e ajudo na lição.
Mesmo com todas as dificuldades, dúvidas e confusões, ser pai mudou a minha vida, e de uma maneira muito boa. Assumi responsabilidades, amadureci muito e creio que meu individualismo, que fora muito intenso, diminuiu. Só sei, de fato, que hoje não consigo imaginar a minha vida sem essa pessoinha, a mais linda do meu mundo!
Pedro Martins Lanfranchi nasceu, cresceu e desenvolve-se músico a cada dia. O acaso lhe deu o título de pai solteiro, mas foi o amor que o transformou em pai comprometido. Não é paraquedista, mas o cargo de assistente de atendimento na LVBA ‘caiu como uma luva’ e só comprova ainda mais sua teoria de que a vida é um constante show de malabares.
Colocá-la para dormir, trocar fraldas, dar banho, comparecer à reunião de pais na escola, inventar brincadeiras dentro e fora de casa... Ainda que a lista seja longa, as preocupações que envolvem esse relacionamento de pai e filha vão muito mais além dessas tarefas. Meus maiores questionamentos são referentes ao estudo, ao tipo de educação que estou proporcionando a ela versus àquilo que acredito ser ideal. Muitas vezes me questiono em relação aos valores que estou passando e de que forma ela os tem absorvido. Será que o motivo de eu ser tão envolvido com essas questões é por que sou um pai solteiro e tenho a Giulia morando comigo? Pode ser...
Acredito que esse título requer um equilíbrio emocional maior. Digo isso porque, enquanto o pai – quando casado – divide frequentemente com a mãe a responsabilidade sobre decisões que envolvem os filhos, o pai solteiro tem um comportamento diferente nas decisões do dia a dia: este último conta com uma autonomia natural que a própria realidade impõe.
Não tenho a menor dúvida de que ser um pai solteiro é uma das tarefas mais difíceis que existem, ainda que eu conte muito com a ajuda da minha mãe. E é justamente daí que surgem outras importantes questões, como: Qual é a medida da sensibilidade? Como é possível passar mais tempo com ela e trabalhar o mesmo tanto?
Não há dúvidas sobre a dificuldade – inerente aos pais do mundo atual – que existe em equilibrar o trabalho, crianças, levar à escola e estar ciente do que lá acontece, ajudar nos estudos, cuidar da dor de garganta, levar ao médico... Sem contar que eu também quero – e preciso – ter um tempo para mim: curtir minha namorada, estudar, ensaiar com as minhas bandas e tudo o mais. Claro que a parte financeira sempre pesa. Principalmente no meu caso, que tenho a guarda da Giulia.
Seja à parte ou em meio a cada uma dessas lutas, as crianças e as suas necessidades de atenção, tempo de qualidade, orientação e os cuidados do dia a dia, mostram-se esmagadoras. Às vezes, sinto que cada área da minha vida acontece – ou seria melhor dizer equilibra-se – como um show de malabarismo. Até porque, todo dia ao chegar em casa do trabalho, dedico pelo menos algumas horas para estar com ela. Brincamos de videogame, trocamos a roupa da Barbie, leio histórias e ajudo na lição.
Mesmo com todas as dificuldades, dúvidas e confusões, ser pai mudou a minha vida, e de uma maneira muito boa. Assumi responsabilidades, amadureci muito e creio que meu individualismo, que fora muito intenso, diminuiu. Só sei, de fato, que hoje não consigo imaginar a minha vida sem essa pessoinha, a mais linda do meu mundo!
Pedro Martins Lanfranchi nasceu, cresceu e desenvolve-se músico a cada dia. O acaso lhe deu o título de pai solteiro, mas foi o amor que o transformou em pai comprometido. Não é paraquedista, mas o cargo de assistente de atendimento na LVBA ‘caiu como uma luva’ e só comprova ainda mais sua teoria de que a vida é um constante show de malabares.