quinta-feira, 31 de maio de 2012

Homenagem


A vida é cheia de surpresas, algumas boas, outras muito ruins! Ao mesmo tempo em que nos presenteia com algo, nos tira também.

Neste post vou homenagear o avô do meu namorado, Sr. Luiz Neves, que, infelizmente, faleceu na última segunda-feira de manhã, vitima de infarto, deixando todos com uma imensa saudade. Ele já havia passado por uma cirurgia de ponte de safena há um ano, na qual colocou um marca-passo, mas, até então, estava bem. No domingo ele caiu e o inchaço em seu coração pressionou outros órgãos, gerando um infarto e, em seguida, falência múltipla dos órgãos.

Passamos a madrugada toda no velório, foi muito triste ver todos chorando e perceber que você não pode fazer absolutamente nada para mudar aquilo. Chorei muito, também. Fiquei com meu namorado, Johan, e a família dele o tempo todo. Eu sei a dor que ele sentiu, pois perdi meu avô há dois anos, pela mesma causa – infarto. Além do meu sofrimento, vi o quanto minha mãe ficou triste quando perdeu o pai.

Eu amo demais o Johan e a família dele tem um espaço enorme guardado em meu coração. Estar com eles e poder apoiá-los era o que eu devia fazer e, pra mim, foi gratificante poder ao menos dar atenção e carinho a todos naquele momento tão difícil.

Mudar a morte é impossível, mas podemos adiá-la com uma alimentação melhor, cuidando de nossa saúde, da nossa mente... Porém, Deus decide o nosso dia e, quando Ele nos chama, infelizmente, nada podemos fazer.

Seu Luiz cumpriu suas metas, casou-se com uma mulher muito boa, Dona Teresa, e gerou uma linda família, feliz e unida, teve filhos, netos e bisnetos maravilhosos. Com certeza ele ficará guardado com muito amor e carinho na memória e no coração de todos...

Uma das coisas mais bonitas e também mais doloridas de ver foi a avó do Johan relembrando o casamento dos dois, contando a história de amor deles. Casados há muitos anos, eram companheiros de verdade, apoiaram um ao outro em todos os momentos da vida, bons e ruins. Isso sim é amor de verdade! Admiro exemplos de vida como esse.

Mas a dor de perder quem amamos é inexplicável. A vida passa muito rápido, somos apenas meros mortais. E nesses dois dias notei algo muito importante: no dia a dia, temos nos esquecido das pessoas que amamos.

Por isso, fique o máximo que puder com quem você ama, aproveite cada segundo, curta cada sorriso, até mesmo as brigas... Perdoe, faça as pazes, amanhã é um novo dia, mude enquanto é tempo. Divirta-se, brinque, dê carinho, diga “eu te amo” quantas vezes achar necessário, abrace e beije aquela pessoa especial.

Quando digo pessoa especial, não falo apenas de seu (sua) companheiro (a), mas de toda a sua família, daqueles que fazem a diferença em sua vida, todos os dias. Que iluminam seu caminho, que enchem seu coração de felicidade só pelo simples fato de existirem. Aproveite ao máximo, cada momento é único e não volta mais...

Pra mim, ‘O sentido da vida’ é saber ser feliz, só por existirem pessoas que te amam de verdade, e cultivar, enquanto podemos, o melhor da vida ao lado delas...

Deixo aqui um enorme beijo para o meu avô, Sr. José Dias Cavalcante, e para o Sr. Luiz Neves, avô do meu namorado, que Deus os abençoe e proteja sempre!


Desejo a toda a família Neves força, e que Deus os ilumine sempre, pois são pessoas maravilhosas!


Mônica Cavalcante de Assis

quinta-feira, 24 de maio de 2012

São Paulo, I love you but you’re bringing me down


Sempre que ouço essa música do LCD Soundsystem sobre a Big Apple, percebo como o sentimento combina com São Paulo. Falo com conhecimento de causa: sou nascida e criada na enorme selva de pedra e, diariamente, me sinto dividida entre o amor, por tudo que a cidade tem a oferecer, e a raiva, por causa das consequências de tanta grandeza. 

Se fosse para escolher um adjetivo para São Paulo, seria paradoxal. Porque, sim, eu amo essa cidade, mas todo dia me pergunto: como é possível ter simpatia por um lugar que tem greve do metrô no meio da semana e instaura o caos na vida de todo mundo? Como amar a cidade mais cara da América Latina – ainda mais quando o bolso da maioria de seus habitantes não acompanha esse status? Como não ficar louco nas ruas que abrigam o sexto pior trânsito do mundo? Dá para aguentar essa cidade tão cinza e na qual, como dizem por aí, não existe amor?

Dá sim. Como é aquela expressão mesmo, mulher de malandro? Pois é... São Paulo é uma mãe, bem brava, mas com um coração enorme. É feia, mas você se apaixona por ela. Ainda não sou tão viajada quanto queria, mas acredito que são poucas as cidades no mundo com tantas opções de lazer, cultura, gastronomia, entre tantas outras coisas que acontecem aqui 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso é muito importante e característico, mas ainda não é o mais legal.

O mais legal é perceber como a cidade toma uma nova forma a partir do momento em que você redescobre detalhes que têm o poder de mudar sua rotina. Por exemplo, quando acabar o fôlego na Avenida Paulista, epicentro da cidade, dá para se isolar de tudo no Parque Trianon. Também dá para ter uma vista surpreendentemente bonita da cidade na saída da Estação Sumaré. Dá para admirar a beleza de tanta gente que a cidade recebe, de tantos lugares e estilos, depois de cinco minutos sentado na escadaria do Teatro Municipal. Ou descobrir uma coisa nova todo dia – tem um bairro paulistano perto do litoral, sabia?

Ainda bem que São Paulo também sabe dar carinho. Pode ser num cartaz divertido, num gesto simples e estimulante, num grafite que apareceu para salvar uma parede branca e esquecida, num “bom dia” no ônibus. Apesar de tudo, ainda dá para respirar fundo, levantar a cabeça, enfrentar e aproveitar essa imensidão de concreto. Daria até para trocar a ordem do título desse post: “São Paulo, você me chateia, mas eu te amo”.


Natalia Máximo é paulistana da gema. Fala “meu!” toda hora, faz palavras cruzadas no ônibus durante o demorado percurso casa-LVBA-casa e deixa o lado esquerdo livre na escada rolante do metrô - e discute com quem não deixa.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A gravidez e o mundo cute cute

Estar grávida é viver emoções que só quem pode gerar uma vida é capaz de entender. Não vou aqui me detalhar nelas, pois meu post é para comentar as pegadinhas da indústria da maternidade e todos os serviços e produtos que permeiam a espera de um bebê. São itens de decoração para o quarto infantil que custam uma fortuna, produto específico para a higiene do nariz da pequena criatura, conta gotas para usar na medicação (a criança nem nasceu e já presumem que ela vai precisar se medicar, fora que muitos medicamentos já são vendidos com o medidor próprio).

Como esta é minha segunda gestação, até que me sinto mais “calejada” para escapar de algumas armadilhas que são vendidas como indispensáveis, como o kit berço, um conjunto de acessórios decorativos para proteger o bebê de não se digladiar nas grades do berço. “É um kit tão lindo! Um tema mais lindo que o outro! Que cute, cute!“, dizem,

O que ninguém fala é que o alto investimento neste kit berço talvez não seja assim tão útil. Na primeira vez que ele é retirado para lavar, além da preguiça de recolocar aquela “indispensável” saia de berço, você se dá conta que seu filho vai sobreviver sem ele e, então, toma a decisão de não recolocá-lo e ficar só com os dois rolinhos ou almofadas decorativas e está tudo certo. Um alerta, se você passou por isso, não faça a conta: um kit berço completo – duas simples almofadas = vários Reais sobrando. Se fizer vai ficar deprimida, não se preocupe, eu fiquei!

Muito bem, resisti ao kit berço desta vez, mas infelizmente não consigo escapar dos sorrisos meigos das vendedoras que tentam oportunamente te empurrar diversos itens correlatos. Sugiro aqui um desafio: experimente entrar numa farmácia com uma melancia na barriga e pedir um simples óleo de amêndoas. Você terá grande chance de ser questionada se já conhece a nova linha de hidratação para gestantes, ou se já comprou as fraldas espetaculares que a marca tal lançou. Não podiam simplesmente perguntar se eu desejo algo além do óleo de amêndoas? Por que não perguntam para a magricela que também entrou na farmácia se ela já conhece o suplemento alimentar que é a ultima novidade no mercado?

Termino o post com um conselho que pode parecer incoerente com o desabafo que fiz até aqui, mas o fato é que, se você está passando por uma gestação ou pretende passar, seja como protagonista seja coadjuvante: deslumbre-se mesmo! Curta cada possibilidade, veja todas as novidades deste universo que é mesmo encantador, mas sempre com o senso crítico que lhe fez (espero) decidir ter um filho. Ponderação! Seu filho precisará disso em você por toda a vida. Que tal começar antes de ele nascer?

Edna Lira, que é mãe de Eduardo e está à espera de Ana Laura, adora meiguices que acalantam, mas que não a iludam. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O primeiro de muitos

Em meados de julho de 2011 recebi uma notícia fantástica! O teste de gravidez deu positivo! E, com ele, a vida foi totalmente modificada – ao contrário do que se diz a vida não muda apenas quando o bebê nasce, mas sim quando você vai fazer o teste!

Reuni toda a família e contei a grande novidade. Para o Papai do rebento, a notícia foi contada sem palavras; um par de sapatinhos se encarregou de dizer que alguém muito especial estava chegando! Alguns dias depois, comemorei meu primeiro aniversário como mãe – foi o mais especial de todos e também o mais diferente.

No dia 06 de agosto fomos fazer o primeiro ultrassom. Quem me conhece sabe o quanto eu sou ansiosa. Esperar pelo dia do ultrassom – uns 15 entre o teste e o Dia D – me pareceu que já tinham transcorrido os nove meses da gravidez. Afffff, que desespero. Não esqueço este dia por vários fatores. Vamos ao principal deles: ao iniciar o exame, o médico perguntou: “É a primeira gravidez?”; respondi entusiasmada e medrosa: “Sim. É a primeira.”. E lá veio ele: “Então vou começar com a primeira boa notícia. Parabéns, são gêmeos!!!”. Depois de alguns segundos de puro pânico e muita confusão mental, desandei a chorar. E o meu senhor (o Pai dos pequenos), desandou a gritar: “Eu sabia, eu sabia. Eu tinha certeza. São dois, são dois!!!”. E eu, chorando...

Saímos do exame sabendo que estava tudo bem com os bebês e que eles já estavam na minha barriga há quase três meses... Ah, o outro fator que tornou este dia inesquecível? No caminho para a loja de enxoval de bebês, um grande – grande não, enorme – caminhão atropelou o carro em que estávamos. Foi a primeira grande aventura dos meus bebês!!!

Bom, não vou negar que o pânico que se abateu sobre minha pessoa no exame que nos contou que eram dois bebês continuou a possuir o meu corpo durante vários dias. Aliás, ele ainda me acompanha! Algum tempo depois, descobrimos que Papai do Céu tinha nos reservado duas meninas! Confesso tb que fiquei um pouco chateada, pois um casal seria perfeito.Mas vamos lá, vamos seguir em frente com o que temos, certo?! Durante toda a minha gravidez, fui cercada de muito carinho, muito mimo e descobri que estava rodeada de pessoas iluminadas.Vou citar duas delas apenas como referência, ok?

Deborah – ah, a minha Deda... Foi ela que me acompanhou no laboratório para tirar sangue para o teste e que compartilhou este segredo comigo por vários dias. Ao contrário de todo mundo, fiz primeiro o exame de sangue e depois o de farmácia... Foi a Deborah que desceu comigo no refeitório da LVBA para ler o resultado do exame na tela do computador. Foi ela que viveu comigo a ansiedade de começar uma nova vida!

Adriane – essa se mostrou, novamente, uma verdadeira mãe para mim! Me amparou nos momentos de maior paranoia, me levou comida fresa e saudável durante quase toda a gravidez e entendeu a minha necessidade de ficar ausente do escritório nos momentos finais da gestação. Foi ela tb que chorou no telefone quando liguei para contar que eram duas meninas e que recebeu em primeira (sem considerar a família) mão a notícia de que a bolsa havia estourado!

Vou pular o miolo da gravidez, já que é igual a todas as histórias que vocês já conhecem, com a diferença de serem dois bebês! Chegou o grande dia!!! Em 23 de janeiro de 2012 corremos para o hospital e fizemos a cesárea das meninas, que chegaram seis semanas adiantadas. Foi neste dia que também nasceu a Daniela mãe, uma Daniela mais forte, mais guerreira e mais preparada para a vida. O medo e o pânico continuavam na minha vida, mas tinha que lutar contra eles, já que as minhas filhas precisam de mim inteira, pois passariam seus primeiros 20 dias de vida internadas na UTI. E além delas, precisava lutar contra uma série de complicações pós-parto, que teve até episódios na ala semi-intensiva do hospital.

No dia do aniversário do meu senhor trouxemos as meninas para casa. Tenho certeza que foi o melhor aniversário da vida dele, já que a emoção havia tomado de assalto aquele corpo e aquele ser que queria ser o mais forte e o mais durão do planeta...

Os primeiros dias em casa foram muito difíceis e para preservar a gente destas lembranças, não vou detalhar o que aconteceu. Vou apenas dizer que foram dias intensos, fortes, bonitos, inseguros, felizes e estranhos.

Meu objetivo com este texto é dizer apenas que este será o meu primeiro, de muitos, Dia das Mães, e para contar que, enfim, vou conhecer o outro lado desta data. Já vivo o dia da mãe desde o dia em que descobri que estava grávida, mas confesso que espero ansiosa pela data oficial para entender e descobrir o que acontece todo segundo domingo de maio.

Agradeço a Deus pelas minhas filhas e pela oportunidade de poder viver o Dia das Mães!!!

Daniela Mesquita é uma LVBAna feliz e realizada e suas filhas se chamam Julia (a mais velha) e Giovana. Em tempos de mídias sociais, conseguiu manter este novo momento de sua vida fora das redes, resguardando a privacidade e a magia deste momento. Resolveu, neste Dia das Mães, escancarar a notícia e contar para o mundo o quanto ela está feliz por ser Mãe!