quinta-feira, 26 de abril de 2012

NUNCA diga NUNCA



Sempre fui a rainha de frases como “eu NUNCA vou fazer isso” ou “NUNCA vou usar aquilo”. Mas a vida nos prega várias peças e comigo não foi diferente.

Depois de sair da minha zona de conforto (a barra da saia da mãe), fui obrigada a fazer várias coisas da minha lista do NUNCA. Mas calma. Não comecem a pensar em besteiras. Existem coisas que, talvez por índole, eu NUNCA faria mesmo... Outras, no entanto....

Quer dizer, NUNCA imaginei, por exemplo, que trabalharia com o Word. Com o Excel, então... nem pensar. Ter uma calculadora em cima da minha mesa? Pra que? Eu NUNCA vou usar isso. PC? O que é isso, gente? Chefe mulher? Eu NUNCA vou me dar bem com uma. 

Mas eis que vem a danadinha da vida e me coloca para trabalhar em um lugar com tudo isso. E sabe o que é pior (ou melhor)? Eu gostei muito. Estou aprendendo horrores, me divertindo, apanhando do Excel, mas aprendendo a bater também. Enfim... venho para o trabalho feliz, acompanhada por todos os meus NUNCAS e os meus ex-NUNCAS.

E é por isso que quero fazer um convite: comecem a pensar em fazer pequenas coisas da lista do NUNCA de vocês.

Afinal, NUNCA achei que seria capaz de dar chance para certas coisas e que acabaria agradecendo por isso... Então, aproveitando a oportunidade e o ditado “Antes tarde do que NUNCA”: obrigada a todos da LVBA pela oportunidade de aprender e batalhar com vocês \o/.

Carolina Possibon é formada em Publicidade e Propaganda, pós-graduada em Comunicação Organizacional, mas depois de 10 anos na criação deixou tudo isso de lado para curtir Word, Excel, calculadora, eventos, diagramação, revisão e puxar saco das suas chefas lindas.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um mês, um lugar


Hum, isso aqui é... Err...

Um falta, um já está pronto. Um nos deixa apreensivos, o outro, tranquilos. Um é interminável e o segundo é até grande, viu? - e do tamanho dos nossos sonhos. Falta um mês para a chegada do nosso primeiro filho, Pedro, meu e de Thaís. A próxima boa notícia é que o ninho dele já o espera, ajeitadinho! Temos berço, armário, cômoda, banheira, protetores, kits, roupas, fraldas, sabonetes, sugadores de nariz e coisas que ainda nem sabemos para que servem, mas que serão úteis!

Thaís e eu nos mudamos de casa muito recentemente e percebemos que o Pedro já tem mais itens que a gente. Caixas e mais caixas só para um rapazinho que, soubemos há pouco, tem 2,5 kg e 44 cm - um gigante! É uma preparação muito minuciosa, exagerada, abundante... prazerosa e necessária! Porque é, de fato, a única preparação possível. Quem aí acha que está preparado para ter um filho, levante a mão!

Suas mães, sogras, tios, avós... podem até dar mil dicas sobre detalhes simples e esquisitos, você já frequentou aquele cursinho pré-bebê curioso na maternidade, com efermeiras prestativas, experientes... Mas vocês, novos pais, novas mães, não estão preparados. Thaís e eu não estamos preparados. O nosso ninho está, por fora, mais do que pronto, mas em nosso íntimo, não há precaução que baste. E isso é ótimo!

Acho, e não só acho como aprendi um pouco sobre isso em quase 30 anos de andanças e situações, que o melhor de nós surge no susto, na surpresa, no inesperado, no acidente, na espontaneidade. Claro, o que fazemos planejadamente, com antecedência, etc... sai bem bonitinho. Mas será que é tudo verdadeiro? Nosso trabalho, as interações sociais... tudo estudado para ser correto, bom, belo.

Mas o que é do coração segue exatamente a lógica do que somos: nada lógicos! Nossos corpos são um emaranhado de tecidos e líquidos que nada têm de exatos, quadrados, as árvores, os animais... a vida é algo incerto, maluco, mas que se equilibra, funciona, de algum jeito, sem nossa interferência, nossos cálculos, exames e suposições.

O nosso amor, meu e de Thaís, a nossa paixão, tudo o que nos mantém juntos, o que nos dá força para fazer a nossa segunda e exaustiva mudança, montar e desmontar caixas, resolver problemas com pintor, eletricista, torrar as economias na reforma, ficar com os ouvidos doendo do latido dos nossos beagles, que se assustam com a casa nova... esse amor imenso, que gerou o Pedro, é feito dessa mesma matéria estranha e maravilhosa que tece o mundo. E nada seria fantástico como é se fosse previsível.

Posso até escutar uns risinhos contidos ou até internos de alguém que está lendo esse texto, e o pensamento: "Não tá preparado, é? Você nem imagina o que te espera". Não mesmo! Mas estou preparado para descobrir. Pedro, pode vir, que a gente não tá nada pronto e muito, muito, mas muito feliz para te receber, e com todo o amor do mundo! Só mais um mês e você vai estar no seu cantinho, junto com a gente, prontinho.

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Allan Araújo é jornalista, músico e outras coisas para as quais se preparou para ser. Quando o Pedro nascer, ele só vai saber babar. E também registrar tudo no blog criado pela esposa, Thaís: entaopedro.blogspot.com.br.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

De volta para a Universidade

Aconteceu nessa semana o V Fórum de Relações Públicas, promovido pela Universidade Santo Amaro. Fui convidado pela professora Eiko Enoki para apresentar e discutir o tema “Comunicação na era das mídias móveis”. Por ser um dos meus assuntos preferidos, fiquei muito feliz ao ver que há tantos entusiastas das novas formas de comunicar.

Mais presente do que nunca e começando a aparecer no mundo empresarial, o conceito de PR Mobility©, da ação voltada para o indivíduo – melhor, para um novo indivíduo – foi um dos assuntos mais discutidos na noite. A reflexão foi feita com foco no novo indivíduo, que deixou de ser o representante de um público estático (será que alguma vez já foi assim?) para ser um alvo móvel e interativo. Não se pode mais entender os públicos de interesse como receptores, leitores apenas. No mundo conectado todos são potenciais geradores de conteúdo, compartilhadores de informações e experiências.

A maior contribuição dos fóruns e palestras de que tenho participado tem sido a questão da interatividade, a possibilidade de discutir tendências e casos de mercado com aqueles que farão parte dele muito em breve. Sinceramente, acho que é nossa função, portanto, levar nossos conceitos e nossa visão de mercado para as universidades e centros de formação. O tempo das ações de comunicação mudou, e estranho seria se fosse diferente. Há inúmeras novas discussões a considerar assim como são inúmeras as alternativas para aprofundar nosso conhecimento a respeito delas.

Acreditamos no conceito de PR Mobility©, nesse dinamismo, nessa busca por alternativas criativas. Sempre haverá espaço e agenda para a experimentação interativa, principalmente se forem fundamentadas tecnicamente, planejadas e avaliadas.

E como diria Castells, “As redes são e serão os componentes fundamentais das organizações. E são capazes de formar-se e expandir-se por todas as avenidas e becos da economia global, porque contam com o poder da informação propiciado pelo novo paradigma tecnológico".

Que venham os próximos encontros!

Rafael Navarro é profissional de Relações Públicas, executivo da LVBA Comunicação e, por curiosidade e inquietação, está sempre em busca de novas formas de promover a comunicação para as empresas.



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Crianças, fantasia e Páscoa


Ela tinha lá seus dois aninhos quando montamos a brincadeira pela primeira vez. Picamos papel, fizemos um “ninho” acolhedor. Ao lado, colocamos uma cenoura e uma vasilha com água. Tudo pronto para que o coelhinho pudesse ter uma estadia agradável, deixar o ovo de Páscoa, e seguir seu caminho para a próxima casa.

Criança na cama, chega a vez dos pais. Ovo grande escondido em um lugar de fácil acesso, mas de difícil visualização. Ovos pequenos em locais mais visíveis para despistar. Dedos no talco para fazer o rastro. Um rastro que levava ao ovo grande, passando pelos pequenos, mas que ia e vinha, dando a impressão que não tinha muita certeza de onde esconder a surpresa. Uma mordida na cenoura, vasilha meio esvaziada. Tudo pronto, é só aguardar a manhã seguinte.

Não preciso contar o resto da história, pois a combinação criança, fantasia, surpresa e chocolate tem sempre um final feliz.

Esta tradição durou até descobrir que coelho da Páscoa vive no mundo da fantasia. E o mais gostoso é que a lembrança ficou marcada para todos nós: ela e os pais.

Páscoa, para mim, é isto: fazer a felicidade com pequenos gestos e guardar esta lembrança para a eternidade.

Boa Páscoa!
Valnei Lorenzetti